Grávida “esvazia” barriga em vídeo viral e técnica gera dúvida se é segura
De tempos em tempos, o TikTok transforma-se em uma plataforma de vídeos polêmicos e que trazem o questionamento se é seguro repeti-los em casa. Foi o que aconteceu com o conteúdo que viralizou da grávida que “esvazia” a barriga inspirando o ar. Para deixar a “brincadeira” mais realista, a gestante colocou o barulho de uma bexiga esvaziando ao fundo.
Atualmente, a publicação de Angie (nome que aparece no perfil do TikTok) já soma mais de um milhão de visualizações e 10.000 comentários. Entre as marcações para que outros perfis chegassem até o conteúdo e emojis, há também quem questiona se o bebê está bem e como sequer é possível fazer isso. Os questionamentos são pertinentes visto que a barriga da gestante era de 40 semanas, portanto, bem grande.
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Grávida “esvazia” barriga: como isso é possível?
Para responder as duas principais dúvidas sobre o assunto, levamos o caso até Karen lRocha De Pauw, ginecologista e obstetra. Ela explicou que a prática de “esvaziar” a barriga é fisiologicamente possível, embora a imagem cause aflição em quem está assistindo ao vídeo.
“Além do bebê, temos o intestino e, muitas vezes, ele não está cheio. Logo, ao puxar o ar, os pulmões enchem, cria-se um vácuo e o intestino sobe. Assim, a barriga “entra para dentro””, detalha a obstetra.
Ainda que seja possível, há também a dúvida sobre o pequeno estar em perigo quando a mãe faz esse movimento de “esvaziar” a barriga. No entanto, Dra. Karen esclarece que não é o caso.
“Para o bebê, isso não faz a mínima diferença porque ele está dentro de um espaço de líquido amniótico. Então, para ele, é como se a mãe estivesse apenas se mexendo”, pontua a especialista. Dessa forma, o que o pequeno sente é como se a figura materna estivesse apenas respirando ou, pensando em situações com interações externas, como se ela estivesse andando de carro.
No vídeo, isso é perceptível quando a mãe, ao inspirar todo o ar que consegue, o espaço do bebê ainda fica visível – embora a barriga materna fique menor.
Fonte:
- Dra. Karen lRocha De Pauw, ginecologista, obstetra e especialista em Reprodução Humana.