O formato da barriga pode indicar o sexo do bebê? Ginecologista explica
Identificar o sexo do bebê considerando apenas o formato da barriga na gravidez é uma técnica antiga para finalmente tirar a dúvida: é menino ou menina? O costume, muitas vezes passado de mãe para filha, tem uma premissa: barriga pontuda: é menino. Já se for uma barriga redonda, é menina.
Mas segundo a Dra. Mariana Rosário, médica ginecologista e obstetra do corpo clínico do hospital Albert Einstein, o método é apenas uma crença popular sem fundamentação científica. Na verdade, os fatores que levam a barriga a tomar diferentes formas na gestação nada tem a ver com o sexo do bebê. Saiba mais a seguir!
O que determina o formato da barriga na gravidez?
Para a Dra. Mariana, o que indica o formato da barriga é a posição e o formato do útero. “Se o útero está virado para trás, a barriga pode ficar mais redonda. Porém, se está virado pra frente, pode ficar mais pontuda”. Além disso, até mesmo a quantidade de gordura presente em cima do útero é capaz de influenciar a barriga.
Outro ponto que impacta no formato é a posição que o bebê ocupa dentro da barriga da mãe. Ao passar dos meses, a postura pode mudar entre cefálico, pélvico, oblíquo e transversal, como ilustrado nas imagens abaixo:
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Para a enfermeira obstetra Priscila Salvador, “a barriga de cada mulher terá um formato próprio, a depender de sua genética e da estrutura do seu corpo. Além disso, pode mudar ao longo da gravidez, que é um processo dinâmico, em que os órgãos da mãe e a posição do bebê se alteram constantemente”complementa.
Além do formato da barriga, existe algum indicador físico que sinalize o sexo da bebê?
Embora o formato da barriga na gravidez não possa fornecer muitas dicas do sexo do bebê, a Dra. Mariana faz um alerta: Em gestações de menino, a mãe pode sofrer mais com problemas de pele relacionados a acne e oleosidade. Isso acontece porque elas possuem mais testosterona circulando no organismo justamente devido ao sexo do bebê que está sendo gerado.
“Várias teorias já falaram sobre indicadores que definiriam o sexo do bebê. Mas independente do que façamos, o acaso seguirá nos dando cerca de 50% de meninas e 50% de meninos”, complementa a enfermeira. Isso acontece porque ambos os sexos comportam-se de forma semelhante dentro do útero, ou seja, não há nenhum sinal físico que possa indicar o sexo fetal. Portanto, nada como um exame de ultrassom para finalmente tirar a dúvida e acabar com as especulações.
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De maneira geral, a confirmação do sexo do bebê pode ser feita pelas seguintes formas:
Ultrassonografia
O exame tradicional de imagem permite que os pais descubram o sexo do bebê e também ouçam o seu coraçãozinho. Assim, ele pode ser feito de 12 a 14 semanas de gestação. Nesse caso, vale ressaltar que existe a possibilidade do bebê dificultar a identificação do sexo a depender da sua posição fetal. Portanto, a ultrassonografia pode ter que ser refeita, dependendo do caso.
Sexagem fetal
Nos últimos anos, a medicina modernizou-se e a descoberta pode ser realizada rapidamente por meio do diagnóstico da sexagem fetal. Contudo, o grande destaque nesse exame é que ele permite que os pais saibam o sexo do bebê mais cedo que o ultrassom, em torno de 8 a 10 semanas. Coletado pelo sangue, a sexagem fetal tem ganhado cada vez mais espaço — sem contar que é um dos protagonistas do famoso chá revelação.
Além de obter o resultado mais rápido que o ultrassom, a sexagem fetal, que é realizado via exame de sangue, também é mais certeira, como explica a médica ginecologista Dra. Juliana Schablatura Vera:
“É importante dizer que existem doenças que alteram a forma da genitália do feto, podendo ser um fator de confusão na análise do sexo pelo ultrassom. Como exemplo, temos alguns tumores produtores de hormônios que fazem a genitália feminina ter aspecto masculino ao ultrassom. Portanto, se é importante para o casal saber o sexo biológico antes do nascimento, é aconselhado realizar o exame de sangue (sexagem fetal)”, finaliza.
Fonte:
- Dra. Mariana Rosário, ginecologista, obstetra e mastologista, membro do corpo clínico do hospital Albert Einstein.
- Dra. Juliana Schablatura Vera, ginecologista e obstetra da Parto com Amor.
- Priscila Salvador, enfermeira obstetra, parteira e doula da Parto com Amor.