Como tirar as crianças das telas durante as férias escolares
As férias escolares se aproximam e, nesse período distante das salas de aula, as crianças devem se entreter. Geralmente, elas tendem a passar o tempo livre em frente às telas — de computadores, celulares, videogames e etc.
De acordo com um estudo realizado pela companhia de tecnologia infantil SuperAwesome, nos Estados Unidos, crianças de 6 a 12 anos estão passando cerca de 50% de seus dias mexendo em telas durante a quarentena. Mas o recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é que as crianças de 2 a 5 anos utilizem as telas apenas uma hora por dia, enquanto aquelas de 6 a 10 anos, apenas duas horas.
Por isso, as famílias devem intercalar o descanso e as brincadeiras livres dos filhos com atividades que estimulam o apredizado.
“Assim como durante o ano as tarefas escolares têm grande influência no rendimento e no crescimento dos alunos, há atividades que podem ser feitas em casa para entreter e ensinar as crianças. Além disso, é preciso propiciar momentos em família, gerando resultados ainda mais positivos e proveitosos no processo de aprendizagem”, explica Pedro Gigante, co-fundador e CEO do SuperAutor, projeto pedagógico que transforma crianças em autores de livros infantis.
Pensando nisso, Gigante separou sete atividades que podem ser feitas sem dificuldade no ambiente familiar. Confira:
Explorar rótulos de embalagens durante as férias escolares
As embalagens de produtos que usamos no dia a dia podem ser um campo riquíssimo de possibilidades para a criança. Esse é um hábito importante a ser incentivado. Dessa forma, as crianças poderão ter um contato maior com palavras e expressões e ainda ganham conhecimento sobre o que consomem e exercem cidadania.
Jogos de sequenciamento durante as férias escolares
Usar jogos de sequenciamento, sejam eles de números, de tarefas ou de palavras, é muito eficaz para desenvolver a concentração, habilidade importante na aprendizagem e na alfabetização.
Estimular a leitura nas férias escolares
As atividades com desafios são as preferidas das crianças, pois elas são competitivas e obstinadas quando motivadas a superar alguma dificuldade. Assim, uma boa forma de atrelar a leitura ao desafio é promover a experiência de completar palavras. Além de trabalhar o reconhecimento das letras, essa atividade aumenta o repertório de palavras e testa conhecimentos sobre a gramática de cada uma delas.
Montando palavras
Essa atividade é prática, barata e ecológica. Com um rolo de papel higiênico, você irá fazer um quebra-cabeça de sílabas que possibilite a montagem de diferentes palavras. A ideia é instigar a criança a montar palavras a partir das sílabas que ela tem em mãos e pensar de que formas diferentes essas sílabas podem se encaixar.
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Alfabeto de tampinhas
Aqui, a proposta também é a montagem de palavras, mas a criança deverá se esforçar para montar letra por letra, em vez de sílaba por sílaba. Você deve pegar garrafas, uma caixa de sapato e ilustrações das palavras que usará na brincadeira. Em seguida, escreva as letras nas tampinhas e cole os bicos das garrafas na caixa. As crianças formam as palavras encaixando as tampinhas nos bicos das garrafas, conforme a ilustração que você mostrar a ela. Além de estimular o raciocínio lógico, essa atividade é ótima para melhorar a coordenação motora ao enroscar cada tampinha.
Árvore dos desejos
Aproveitando a época de dezembro, Natal é uma data comemorativa que traz uma série de sentimentos. Com isso, a ideia de que os desejos podem ser realizados neste novo ano que está por vir é muito marcante. Por isso, nada melhor do que incentivar a esperança e a renovação nos pequenos, criando um lugar onde eles possam expressar seus desejos para o próximo ano, seja em forma de desenho, escrita, pinturas — o importante é dar o livre arbítrio da imaginação.
Escrever o próprio livro
Uma das melhores maneiras de engajar crianças é permitir que elas experimentem e façam as coisas sozinhas. Por isso, um caminho para incentivar o interesse pela leitura é transformá-las em autoras de suas próprias histórias, escrevendo seus próprios livros.
Fonte: Pedro Gigante, co-fundador e CEO do SuperAutor, projeto pedagógico que transforma crianças em autores de livros infantis.