Febre oropouche no Brasil: aumento de casos e riscos às gestantes

Saúde
17 de Julho, 2024
Bárbara Shibuya Alves
Revisado por
Enfermeira • Coren-SP 752311
Febre oropouche no Brasil: aumento de casos e riscos às gestantes

O Ministério da Saúde fez uma recomendação aos estados e municípios sobre a febre oropouche no Brasil. De acordo com a pasta, eles devem intensificar a vigilância em saúde, evitando a possibilidade de transmissão vertical do vírus.

Ainda segundo a pasta, a medida ocorre após o Instituto Evandro Chagas do MS detectar presença do anticorpo do vírus em amostras de um caso de abortamento e quatro casos de microcefalia. “Significa que o vírus passa da gestante para o feto. No entanto, não é possível afirmar que haja relação entre a infecção e o óbito e as malformações neurológicas”, disse o ministério em nota.

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Febre oropouche no Brasil: MS sugere cuidados

No documento, a pasta também orienta que estados e municípios intensifiquem a vigilância nos meses finais da gestação. Além disso, no acompanhamento dos bebês de mulheres que tiveram infecções por dengue, Zika e Chikungunya ou febre de Oropouche. Assim, recomenda coletas de amostras e preenchimento da ficha de notificação, bem como alertar a população sobre medidas de proteção a gestantes. Veja as principais medidas:

  • Evitar áreas com a presença de maruins (tipo de inseto) e mosquitos
  • Instalar telas em portas e janelas
  • Usar roupas que cubram a maior parte do corpo
  • Aplicar repelente.

Em 2023, o Ministério da Saúde disponibilizou testes diagnósticos para toda a rede nacional de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen). Com isso, os casos, até então concentrados prioritariamente na Região Norte, passaram a surgir também em outras regiões do país.

“A descoberta reforça a eficiência da vigilância epidemiológica no SUS, principalmente em relação a possíveis transmissão vertical de doenças, fundamental para antecipar diagnósticos e proteger gestantes e recém-nascidos”, informou o ministério.

Sintomas

A febre Oropouche é uma doença causada pelo arbovírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV). Assim, entre os sintomas estão febre de início repentino, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações. Além disso, tontura, dor na parte posterior dos olhos, calafrios, náuseas, vômitos. Em cerca de 60% dos pacientes, algumas manifestações, como febre e dor de cabeça persistem por duas semanas. Não há tratamento para a doença. A prevenção ocorre a partir da proteção contra os mosquitos transmissores.

Em caso de sintomas, é importante procurar imediatamente o serviço de saúde de referência mais próximo de sua residência.

O primeiro caso de febre Oropouche surgiu pela primeira vez no Brasil em 1960. Depois disso, foram relatados casos isolados e surtos, principalmente na região amazônica. Também ocorreram registros da doença no Panamá, na Argentina, Bolívia, no Equador, Peru e na Venezuela. Assim, com a ampliação da investigação da infecção no país, foram confirmados 7.044 casos, com transmissão local em 16 estados.

Fonte: Agência Brasil.

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