Exame VDRL: tudo o que você precisa saber sobre o teste de sífilis
O VDRL é um exame de sangue usado para fazer o diagnóstico e o acompanhamento do tratamento da sífilis, uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum.
Dessa maneira, VDRL é a sigla usada em inglês para Venereal Disease Research Laboratory que, em tradução literal, significa Estudo Laboratorial de Doenças Venéreas.
Assim, esse teste é feito através de um exame de sangue comum, podendo ter como resultado negativo ou positivo, tanto em mulheres quanto em homens. Mas, de acordo com o ginecologista Fernando Prado Ferreira, o exame VDRL pode apresentar resultados falsos positivos. “Isso porque o teste também pode dar positivo devido a outras doenças do tipo, como tuberculose, hanseníase e até mesmo hepatite”, afirma.
Por isso, é necessário que o diagnóstico seja feito com o exame VDRL e a avaliação de um médico.
Leia também: Sífilis: saiba tudo sobre a infecção e como se prevenir
Qual o valor normal do exame VDRL?
Caso o resultado do teste seja positivo, será apresentado também uma proporção: 1/1 (lê-se um para um), ou 1/2,1/4, 1/8 e por aí vai. Portanto, quanto maior o valor da parte inferior, mais grave é o estado da doença. Por exemplo: 1/32 é pior do que 1/16, que é pior do que 1/4, e assim por diante.
“Consideramos normal o exame de VDRL quando o resultado é não reagente, ou seja, negativo. Quando ele apresenta reagente 1/1,1/2, 1/4 ou até 1/8, ele pode ser um falso positivo, devido à reação cruzada das doenças citadas anteriormente. Nos resultados até 1/8, é necessário fazer um teste específico para ter certeza que trata-se, de fato, de sífilis”, diz Fernando Prado.
Precisa de jejum para fazer VDRL?
Não é necessário jejum e nenhum outro tipo de preparo para fazer VDRL, como explica o especialista. “Basta ir direto ao laboratório e fazer a coleta do sangue para, depois, esse material ser analisado no laboratório”, diz.
O exame é solicitado quando existe a suspeita de que o paciente tenha contraído sífilis, seja na forma primária – quando surgem lesões na região genital –, secundária ou mesmo na forma terciária da doença.
Fonte: Fernando Prado Ferreira, ginecologista e especialista em reprodução humana.