Esteatose hepática: O que é, sintomas e tratamento
O fígado é o segundo maior órgão do corpo humano (atrás apenas da pele) e a maior glândula do nosso organismo. Assim, ele é responsável por uma série de funções que mantêm o bom funcionamento do corpo. Principalmente quando se fala na eliminação de toxinas e na produção da bile — a substância responsável pela digestão das gorduras. Mas há uma condição de saúde muito comum e que ataca esse órgão tão importante: a esteatose hepática.
Segundo a endocrinologista e metabologista Dra. Paula Pires, a esteatose é o acúmulo de gordura no fígado. Consequentemente, leva a uma inflamação, predispondo à hepatite e até ao câncer de fígado.
Essa doença pode ser causada por fatores de risco como a obesidade, o diabetes e o colesterol alto, assim como o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. No entanto, um ponto que merece atenção é que essa é uma condição é assintomática, de forma geral. “Não existem sintomas na esteatose. É possível que algumas pessoas sintam dor do lado direito do abdômen, fiquem com a barriga inchada, sintam enjoos, tenham vômitos e apresentem mal-estar geral”, explica a médica.
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Como é o tratamento da esteatose hepática?
A boa notícia é que, apesar de comum, essa condição também possui um tratamento que lida mais com a qualidade de vida do que com intervenções médicas. De acordo com a profissional, ela pode ser controlada com alterações na dieta e com a prática regular de exercícios físicos. Diminuir a ingestão de doces e fast-food, além de álcool, também é essencial. “Se você está acima do peso, perder 10% do seu peso atual já melhora bem a esteatose”, continua.
Por fim, vale reforçar que esse controle é importante porque, a longo prazo, a esteatose hepática não tratada pode evoluir para questões de saúde ainda mais sérias, como hepatite (ou seja, inflamação no fígado), síndrome metabólica e câncer no órgão.