Estalar as costas faz mal? Saiba mais
Para quem passa a maior parte do dia sentado, seja trabalhando ou realizando outras atividades, as consequências para o corpo são altas. Uma das principais queixas é a dor na coluna. E para aliviar as dores e tensões, é comum que as pessoas optem por estalar as costas. Mas será que essa alternativa faz mal?
De acordo com a fisioterapeuta Raquel Silvério, não há problema em estalar as costas, mas ainda existem alguns mitos que cercam a ideia de que esse hábito pode ser prejudicial à coluna. Um deles é que estalar as articulações pode ocasionar a artrite, mas a especialista consultada afirma que isso não é comprovado cientificamente.
E durante a gravidez?
Estalar as costas durante a gravidez também não tem problema, desde que seja feito com cuidado. “A grávida precisa estar ciente de que o desconforto que ela sente nas costas pode ser devido ao peso e à posição do bebê na barriga. Evite sempre torções ou movimentos que pressionem seu abdômen” – orienta a especialista e diretora clínica do Instituto Trata, unidade de Guarulhos.
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Cuidados ao estalar as costas
Se você tem o costume de estalar as costas, é preciso se atentar para evitar lesões. Apesar de não ser comum, é possível se machucar se utilizar muita força ou pressão no movimento ou fazê-lo com frequência.
“Isso a longo prazo pode causar um desgaste nas articulações, causando tensão, inchaço e até mesmo uma pequena lesão.” – explica. Por isso, a especialista indica realizar alongamentos e exercícios suaves que ajudem a melhorar a força, a flexibilidade e a postura, ao invés de estalar as costas.
Mas lembre-se: não estale suas costas se você estiver se recuperando de uma lesão ou se estiver sentindo dor ou inchaço. “Evite estralar as articulações se você tiver osteoporose severa, câncer espinhal, alto risco de acidente vascular cerebral, ou uma anomalidade óssea da parte superior do pescoço.” – aconselha Raquel Silvério.
“Realize alongamentos e exercícios que ajudem a sua coluna a tornar-se mais saudável. Marque uma consulta com um especialista se tiver sintomas graves, recorrentes ou de longa duração” – finaliza.
Fonte: Raquel Silvério, fisioterapeuta e Diretora Clínica do Instituto Trata, Unidade de Guarulhos.