Entamoeba histolytica: o que é, quais os sintomas e como evitar
Existem muitas causas de diarreia humana no mundo, porém, uma bastante comum é a infecção por Entamoeba histolytica, o que gera a chamada “disenteria amebiana”.
“A Entamoeba histolytica é um tipo de protozoário, e nós nos contaminamos através da ingestão de água e/ou alimentos contaminados com ela”, explica Vanessa Prado, cirurgiã do aparelho digestivo.
Essa é uma condição mais comum em crianças e bebês, que têm o costume de levar as mãos à boca com mais frequência, assim como objetos encontrados no chão, alimentos desconhecidos e outros itens nas fases iniciais da vida. Tais ações são naturais no seu desenvolvimento, mas podem gerar algumas complicações de saúde.
Nos adultos, é mais comum essa doença gastrointestinal surgir devido à ingestão de alimentos contaminados. Entretanto, também é comum a infecção por conta da falta de higienização das mãos.
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Sintomas da Entamoeba histolytica
Apesar dessa infecção acontecer por um protozoário bem específico, os seus sintomas são bastante comuns:
- Diarreia (que pode ou não conter sangue e/ou muco);
- Febre;
- Tremores e calafrios;
- Dor abdominal;
- Vômitos;
- Desidratação.
“O diagnóstico é feito através de um teste de fezes, chamado teste parasitológico de fezes, com três amostras, em que os protozoários são vistos dentro das fezes”, continua a médica.
Tratamento e prevenção
O tratamento para Entamoeba histolytica é bastante simples. Geralmente, indica-se o uso de antibiótico associado a um sintomático (para tratar da febre, por exemplo), além de um vermífugo.
Apesar de comum e simples de tratar, é importante diagnosticar a doença rapidamente. Afinal, uma das suas principais complicações é a desidratação por conta do aumento no número de evacuações e pela presença de vômitos. Em casos mais sérios, também é possível que haja prostração (ou seja, cansaço extremo) e, nos casos muito graves, abcesso no fígado.
Dessa forma, a melhor forma de prevenção dessa condição é garantindo a correta higienização dos alimentos e das mãos, e a filtração da água. Evitar contato com o esgoto, fontes de água que não têm tratamento e águas de enchente também.
Fonte: Vanessa Prado, cirurgiã do aparelho digestivo