Engravidar com uma trompa: É possível? Dicas e cuidados
O sistema reprodutor feminino é composto pelos ovários, duas tubas uterinas (também chamadas de trompas), útero e vagina. Com aproximadamente 10 cm de comprimento cada, as trompas unem os ovários ao útero, e é nelas onde ocorre a fecundação. Mas existem casos de inflamação nas trompas. Dessa forma, pode ser necessário removê-las. Nesses casos, dá para engravidar com uma trompa só?
Essa dúvida é muito comum em mulheres que precisaram remover uma das trompas, afinal, as trompas têm o papel fundamental de conduzir o embrião formado até a cavidade uterina, onde ele irá se desenvolver.
E para responder a essa e outras questões relacionadas, confira uma entrevista com o ginecologista Dr. Pedro Augusto Araujo Monteleone, presidente da Comissão Nacional Especializada em Reprodução Humana da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
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É possível engravidar com uma trompa?
Sim, é possível engravidar com uma trompa. Quando, por um motivo ou por outro, remove-se uma trompa, a outra pode manter sua atividade normalmente. Portanto, é possível engravidar sem grandes alterações e consequências. A remoção pode ocorrer, por exemplo, quando a trompa está dilatada, por conta de hidrossalpinge, ou porque ocorreu uma gravidez na trompa.
É mais difícil?
Sim. A chance de engravidar com uma trompa só é menor. Mas no aspecto cumulativo, ao longo do tempo, acabam as coisas se igualando e a chance de gravidez final tende a ser a mesma.
Dicas e cuidados
É importante lembrar que o que ocasionou a alteração de uma trompa, pode ocasionar a alteração da outra trompa também, por mais normal que ela se apresente no aspecto morfológico.
Portanto, na presença de gravidez, é fundamental que ela seja detectada no início, para se descartar uma gravidez ectópica e algum outro tipo de alteração. Sendo uma gestação comum, o desenvolvimento é exatamente o mesmo da gravidez de uma mulher que tenha as duas trompas normais.
Fonte: Dr. Pedro Augusto Araujo Monteleone, presidente da Comissão Nacional Especializada em Reprodução Humana da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).