Eflúvio pós-parto: por que a queda de cabelo acontece e como evitar
Um dos problemas mais comuns entre as mulheres que acabaram de se tornar mães é a queda de cabelo depois da gestação. Ou seja, o eflúvio pós-parto. Este quadro também é conhecido como calvície e leva não só à perda dos fios, como também ao afinamento deles. Com isso, o resultado são cabelos com menos volume e, em algumas situações, até mesmo uma exposição do couro cabeludo.
Eflúvio pós-parto: por que acontece?
Segundo a médica tricologista Luciana Passoni, de São Paulo, a queda de cabelo da mulher que deu à luz recentemente pode acontecer porque ela normalmente não perde os fios durante o período da gestação. Assim, o motivo, explica a profissional, está no aumento da progesterona no organismo – hormônio conhecido também por ser protetor dos cabelos –, assim como o hormônio do crescimento, que também é benéfico para os fios.
“Mas, no pós-parto, temos uma queda abrupta da progesterona, que pode causar a queda de cabelo – normalmente três meses após o parto”, aponta. Além disso, existem casos em que a paciente não perde os fios. Mas, sofre com o afinamento deles, prejudicando o volume de seu cabelo.
“Assim, a pessoa vai notar que vê mais o couro cabeludo, que o cabelo perde volume, mas não necessariamente teve uma queda capilar visível. Ou seja, a densidade de cada fio de cabelo está diminuindo e isso faz com que perca o volume”, completa.
Por outro lado, de acordo com a médica dermatologista Leila David Bloch, que é doutora em Ciências da saúde e cirurgiã capilar, estudos demonstram que a amamentação parece ter efeito protetor sobre o eflúvio pós-parto.
Diagnóstico
“Assim, a anamnese é fundamental e geralmente necessita de um perfil investigativo do estado de saúde da paciente nos últimos meses”, explica Dra. Leila. Segundo a médica, podem ser realizados o teste de tração, exame de dermatoscopia e exames bioquímicos.
O que fazer para evitar a perda excessiva dos fios
A mulher que está sofrendo com este problema após a gestação ou até mesmo antes de dar à luz deve procurar um profissional que possa orientá-la a respeito do tratamento. Nesse sentido, o objetivo será tentar interromper ou retardar o afinamento progressivo dos cabelos, além de controlar a queda.
“A mulher grávida já pode fazer tratamento com ledterapia e medicação [com suplementos indicados para o caso] a partir do sétimo mês de gestação – sempre com acompanhamento de um médico especializado”, explica Luciana.
Além disso, a profissional ainda ressalta que cada caso deve ser avaliado individualmente, mas que o tratamento costuma durar, em geral, uma média de seis meses.
“Por fim, alimentos ricos em ferro, zinco e selênio e também suplementos ajudam a amenizar essa queda de cabelo”, ela finaliza.
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Fonte: Luciana Passoni, médica tricologista, de São Paulo.
Leila David Bloch, médica dermatologista, doutora em Ciências da Saúde e cirurgiã capilar
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