Dormir pouco na meia-idade aumenta risco de demência
Ter um sono de qualidade é essencial para a nossa saúde, pois restaura os tecidos, organiza a memória, fortalece o sistema imunológico, entre outros benefícios. Por outro lado, dormir pouco aumenta as chances de desenvolvermos doenças, incluindo a demência.
A demência consiste no declínio geral de habilidades mentais como a memória, a linguagem e o raciocínio. Assim, a doença interfere nas atividades diárias e nos relacionamentos.
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O que dizem os estudos sobre dormir pouco
De acordo com um estudo publicado na revista Nature Communications, pessoas de 50 a 60 anos que não dormem o suficiente têm maior probabilidade de desenvolver demência quando forem mais velhas.
Para chegar à conclusão, os pesquisadores analisaram dados de um estudo feito pela Universidade College London, na Inglaterra.
Cerca de 8.000 pessoas começaram a ser acompanhadas a partir dos 50 anos de idade (em média). Assim, durante 25 anos, elas relataram seus padrões de sono e compartilharam outras informações sobre suas saúdes.
Os resultados mostraram que os participantes que relataram dormir até seis horas por noite tinham um risco 30% maior de desenvolverem demência — em comparação com as pessoas que dormiam sete horas por noite.
Segundo os autores, a associação permaneceu mesmo após serem considerados outros fatores de risco. Como condições cardíacas, metabólicas e problemas de saúde mental.
O sono é extremamente importante para eliminar resíduos tóxicos do cérebro. Uma das hipóteses para explicar a associação entre a falta de sono e o aumento do risco da doença é que ao dormir pouco, esse processo fica prejudicado.
“Essas descobertas sugerem que a duração do sono pode ser um fator de risco para demência na vida adulta. Não posso dizer que a duração do sono seja uma causa da demência, mas pode contribuir para o seu desenvolvimento” explica Séverine Sabia, uma das autoras do estudo.
Sintomas de demência
Saiba quais são os principais sintomas da demência:
- Perda gradual e progressiva da memória
- Dificuldade para se comunicar
- Alucinações
- Alterações na personalidade
- Paranoia
- Agitação
- Dificuldades com funções de coordenação, ou motoras