Dor no umbigo: possíveis causas, explicações e tratamentos
Você já sentiu, alguma vez, dores no umbigo ou na região do umbigo? O ideal é que a resposta a essa pergunta seja “não”. Isso porque esse tipo de dor não é normal e, via de regra, representa um caso que vai precisar de cirurgia: a hérnia. Mas vamos entender melhor o que significa dor no umbigo.
Causas de dor no umbigo
“A dor na região do umbigo indica que há problema”, explica a Dra. Vanessa Prado, cirurgia do aparelho digestivo e médica do Centro de Especialidades do Aparelho Digestivo do Hospital Nove de Julho. “Geralmente, se a região do umbigo dói é porque tem alguma alteração que não dá para esperar [melhorar] em casa, é preciso procurar um médico.”
O objetivo, com essa informação, não é assustar, mas alertar: afinal, existem algumas condições que podem se manifestar com uma dor nessa região: uma inflamação de pele (a condição mais leve, dentre as possibilidades), a endometriose e a hérnia. Os últimos dois casos, normalmente, são indicações de cirurgia, às vezes até de emergência.
“A principal causa de dor é a hérnia umbilical, uma frouxidão da parede abdominal, que a gente chama de aponeurose”, diz a médica. “O umbigo já é uma região mais frágil, e a aponeurose acaba se abrindo ao longo dos anos. Pode ser genético, você já pode nascer com a hérnia, mas você pode adquirir ao longo dos anos.”
Pense nas mulheres grávidas, por exemplo, em que acontece um aumento do volume abdominal, estirando e abrindo espaço entre essas fibras da parede abdominal. O mesmo pode acontecer com uma pessoa que ganhou muito peso ou que faz muito exercício físico (principalmente os de força) ao longo de muitos anos.
O que é hérnia?
“A hérnia é uma gordura, ou o próprio intestino, que entra por esse buraquinho e fica presa ali, na pele. Um dia que você tosse, faz um esforço maior, esse tecido encarcera, ou seja, fica preso – e é uma situação cirúrgica. Por isso que toda hérnia é igual à cirurgia. precisa fazer a correção antes que complique – e pode complicar”, alerta.
Para fazer o diagnóstico, a Dra. Vanessa explica que o exame mais indicado para esses casos é um ultrassom da parede abdominal, que vai detectar tanto a hérnia quanto alguma outra alteração mais superficial. Se o resultado voltar inconclusivo, pode ser indicado também uma tomografia.
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Dá para evitar uma hérnia?
Diferente de, por exemplo, um diabetes mellitus, a hérnia é uma coisa que simplesmente acontece. Pode ser uma condição com a qual o paciente já nasce ou pode ser desenvolvida ao longo dos anos por uma série de fatores, como a gravidez ou o ganho excessivo de peso.
Por isso, é difícil responder como evitar essa condição. O principal é buscar manter uma vida saudável, sem excessos. “E sempre que detectar algum abaulamento, bolinha, umbigo endurecido, pele avermelhada… Precisa ir ao pronto-socorro”, aconselha.
Fonte: Dra. Vanessa Prado, cirurgia do aparelho digestivo e médica do Centro de Especialidades do Aparelho Digestivo do Hospital Nove de Julho