Doença Trofoblástica Gestacional: o que é, sintomas e tratamento
A doença trofoblástica gestacional é uma condição que atinge gestantes e mulheres que deram à luz recentemente. Assim, como o nome sugere, ela atinge a região do trofoblasto, que é a camada de tecido que reveste a placenta do bebê e que nutre o embrião ao longo dos meses de gravidez.
Um dos sintomas mais comuns é o crescimento anormal do trofoblasto, que pode acabar resultando em tumores benignos ou malignos. Dessa maneira, os benignos incluem condições como a mola hidatiforme, ou gravidez molar, enquanto os malignos podem causar o que os médicos chamam de coriocarcinoma.
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Fatores de risco
Não existe uma causa específica para a doença trofoblástica gestacional, uma vez que acontecem ainda na meiose ou mitose do embrião. Mas sabe-se que ela costuma ser mais incidente em gestantes que estão entre a décima e a décima sexta semana de gravidez.
Geralmente, acomete mulheres que estão nos extremos gestacionais, ou seja, abaixo dos 20 anos e acima dos 35 anos de idade. Por fim, gestantes que já tiveram algum tipo de doença trofoblástica possuem de 1% a 2% de terem uma condição similar na segunda vez em que engravidarem.
Sintomas da Doença Trofoblástica Gestacional
O indício mais comum em gestantes com doença trofoblástica gestacional é um crescimento anômalo, que pode ou não ser visível externamente. Porém, outros sintomas também são corriqueiros, incluindo náuseas e vômitos.
Devido às alterações hormonais, muitas mulheres ainda relatam que sentem inchaços, sangramentos, hipertensão arterial, pré-eclâmpsia e, em casos mais graves, a própria eclâmpsia.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da doença trofoblástica gestacional é feito ainda no exame de ultrassom, que indica as primeiras suspeitas. Posteriormente, o obstetra pode pedir uma biópsia ou um exame anatomopatológico.
Com os resultados dos exames, o médico irá indicar o tratamento de acordo com o tipo de doença que a paciente tem. Se for a gravidez molar completa, se faz apenas uma aspiração ou curetagem para esvaziar o útero.
Na gravidez molar parcial ou incompleta, espera-se o óbito do embrião (quando existente) para esvaziar o útero. Já em casos como o coriocarcinoma ou um tumor trofoblástico, é preciso fazer cirurgia de retirada do útero, trompas e até mesmo dos ovários às vezes. Esses últimos podem vir acompanhados de quimioterapia ou radioterapia.
Vale ressaltar que não existem medidas preventivas, uma vez que não se conhece a causa da doença. O mais importante é seguir o tratamento supervisionado com seu médico, que pode levar de seis meses a um ano para ser concluído.
Fonte: Karen Rocha de Pauw, médica ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana. Formada em Medicina na Universidade Federal de Uberlândia, especialista pela AMB e FEBRASGO.