Entenda o que é divertículo gigante, doença raríssima registrada no RJ
Um caso raro registrado no Rio de Janeiro chamou a atenção de cientistas do mundo todo. Médicos do Hospital Municipal Salgado Filho, localizado no bairro do Méier, identificaram um paciente, de 62 anos, com um divertículo gigante de cólon, patologia com apenas 200 registros em 78, quando foi registrada pela primeira vez.
A descoberta impressionou a comunidade científica já que a formação inflamatória na região abdominal atingiu um tamanho surpreendente de 13 x 12 x 10. O acontecimento foi reportado na revista científica “European Surgery – Acta Chirurgica Austríaca”, além de ser discutido no na Suíça em dezembro, no 17° Congresso Europeu Colorretal.
Segundo informações da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, o paciente chegou até a unidade de emergência se queixando de dores abdominais e perda de peso. O quadro permanecia há dois meses e logo os médicos relacionaram os sintomas com o divertículo. O homem passou por uma cirurgia para retirada da formação inflamatória e já está totalmente recuperado.
Doença raríssima: Afinal, o que é divertículo gigante?
Segundo informações da Sociedade Brasileira de Hepatologia, o divertículo gigante do cólon (DGC) é uma complicação rara que pode afetar homens e mulheres igualmente. Na prática, se trata de uma bolsa inflamatória que pode surgir em diferentes partes do trato intestinal.
A faixa etária de maior incidência é entre 35 e 90 anos (média de 65 anos), e sua localização mais comum é no cólon. Embora sejam inofensivas para a saúde, o divertículo pode sofrer inflamações ou infecções.
A maioria dos divertículos gigantes registrados medem de 4 a 9 cm e, geralmente, necessitam de cirurgia médica para a retirada já que o paciente pode sofrer dores abdominais, perda de peso imotivada e outras complicações relacionadas. Além disso, a presença do divertículo pode provocar febre, náuseas, vômitos, distúrbios intestinais e até mesmo sangramento retal.
Até o momento, as causas da patologia são desconhecidas pela ciência. No entanto, pesquisadores se debruçam sobre a possibilidade da dieta pobre em fibras ter relação com a formação do divertículo gigante.
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