DIU hormonal e não hormonal: entenda as diferenças entre ambos

O dispositivo intrauterino, popularmente conhecido como DIU, ainda causa dúvidas entre mulheres de todas as idades que buscam por métodos contraceptivos de longa duração. Principalmente por ter duas opções: DIU hormonal e não hormonal. Mas quais são as principais diferenças entre eles? Antes de mais nada, é importante entender qual a proposta de cada um. A começar pelo hormonal, que pode ser o Mirena ou Kylenna. Os dois apresentam uma carga de progesterona, que é liberada aos poucos e tem alguns benefícios, como o de reduzir o desconforto das cólicas. Por outro lado, existem as versões não hormonais, que podem ser feitas de cobre, prata ou um mix dos dois materiais. Assim como o DIU hormonal, eles entregam confiabilidade e duram mais em relação ao Mirena e Kylenna. A seguir, a ginecologista Rejane Santana explica em detalhes as características de cada um.

Veja também: Afinal, o anticoncepcional pode atrapalhar o ganho de massa muscular?

Perguntas frequentes sobre DIU hormonal e não hormonal

Duração

De acordo com Rejane, o o método com hormônios dura 5 anos. Já o não hormonal de cobre, por exemplo, varia de acordo com o organismo de cada mulher, entre 3,5 a 10 anos. Por fim, o dispositivo de prata (também não hormonal) dura em média 5 anos.

Como funciona

“A versão hormonal trabalha por meio da liberação contínua de uma baixa dose de progesterona. Por sua vez, o DIU sem hormônios é um pouco mais simples e forma um tipo de barreira que impede a passagem dos espermatozoides”, esclarece a especialista.

Alterações na menstruação

O contraceptivo hormonal pode reduzir ou até interromper o fluxo menstrual, assim como as cólicas. No entanto, pode causar alguns efeitos colaterais, como sensibilidade e dor nas mamas e acne. Em contrapartida, o não hormonal pode aumentar o fluxo e potencializar as cólicas, sobretudo nos primeiros meses de uso — mas não provoca alterações na pele e nos seios.

Eficácia

A princípio, ambos possuem alto índice de proteção. Contudo, o DIU que possui hormônios apresenta eficácia superior — 99,7% contra 99,2% a 99,4% da alternativa de cobre ou prata.

Qual é a melhor opção: DIU hormonal ou não hormonal?

Segundo Rejane, é importante consultar o ginecologista para a melhor orientação. Afinal, cada mulher tem suas particularidades e necessidades. Portanto, fale com o médico para discutir o tipo mais viável para seu corpo.

Fonte: Rejane Santana, médica com título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO.