Qual é a melhor dieta para a saúde mental?
Especialistas têm estudado cada vez mais os efeitos da dieta para a saúde mental. Muitos deles notaram que quem segue uma dieta ocidental padrão, que inclui alimentos altamente processados e açúcares adicionados, têm maiores riscos de desenvolver ansiedade e depressão.
A dieta pode ajudar na saúde mental?
A psiquiatria nutricional, que alguns chamam de psiconutrição, é um novo campo de estudo que se volta para o efeito da dieta na saúde mental. Assim, um artigo do Proceedings of Nutrition Society revisou o corpo de análises existentes sobre dieta, nutrição e saúde mental.
Desse modo, a pesquisa sugere que quanto mais a pessoa segue uma dieta ocidental, com seus alimentos altamente processados, maior o risco de sofrer de depressão e ansiedade.
Pesquisadores do Instituto de Psiquiatria do King’s College, em Londres, no Reino Unido, investigaram exatamente como a nutrição pode afetar a saúde mental. Com isso, eles concentraram sua pesquisa nos efeitos da dieta no hipocampo.
O hipocampo é uma área do cérebro que gera novos neurônios em um processo chamado neurogênese. Assim, o estudo ligou a neurogênese no hipocampo ao humor e à cognição de uma pessoa.
Experiências estressantes reduzem a neurogênese no hipocampo, enquanto os antidepressivos parecem promover esse processo.
Fatores que podem afetar negativamente a neurogênese em adultos incluem:
- Envelhecimento;
- Estresse oxidativo;
- Dietas ricas em gordura;
- Excesso de açúcar;
- Álcool;
- Opioides.
Alimentos e hábitos saudáveis parecem promover a neurogênese. Esses incluem:
- Dietas que incluem ácidos graxos poliinsaturados, curcumina e polifenois;
- Alimentação que atenda às necessidades calóricas sem que uma pessoa coma demais ou menos;
- Exercício físico.
Então, qual a melhor dieta para a saúde mental?
Entre os planos de alimentação comuns, a dieta mediterrânea tem a evidência mais forte de que apoia a capacidade de reduzir os sintomas da depressão e outros problemas relacionados à saúde mental. Além disso, é também uma metodologia que os especialistas recomendam rotineiramente para a saúde e o bem-estar em geral.
Portanto, os compostos da dieta mediterrânea que têm relação com taxas mais baixas de depressão incluem:
- Ácidos gordurosos de ômega-3;
- Metilfolato;
- S-adenosilmetionina.
Alimentos da dieta mediterrânea
A dieta mediterrânea tem como base um consumo muito maior de alimentos naturais. Principalmente os de origem vegetal, como azeite, soja, ovos e leite. Assim, a metodologia faz com que o consumo de produtos processados seja menor. Portanto, nada de alimentos prontos, pois eles costumam ter altos índices de açúcar refinado, gorduras saturadas e trans, além de aditivos artificiais.
Na dieta mediterrânea você pode comer:
- Muitas frutas e legumes;
- Grãos integrais;
- Batatas;
- Cereais;
- Feijões e leguminosas;
- Oleaginosas e sementes;
- Azeite;
- Quantidades de baixa a moderada de produtos lácteos, peixes e aves;
- Pouca carne vermelha;
- Ovos até quatro vezes por semana;
- Quantidades baixas a moderadas de vinho.
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