Quem tem diabetes pode fazer tatuagem?
Tem diabetes e está pensando em fazer a sua primeira tatuagem? Todos, sem exceção, precisam tomar alguns cuidados antes, durante e depois do procedimento para que a cicatrização seja a melhor possível — e não resulte em uma tattoo inflamada, ou então em cicatrizes nada legais no desenho. Contudo, quem sofre da condição tem que ter um olhar redobrado para essa questão.
Isso porque a tatuagem é um procedimento que “quebra” a camada mais superficial da pele, a nossa barreira natural de proteção contra o ambiente externo. “São realizados pequenos furos com microagulhas para injetar a tinta no tecido de forma permanente”, explica a dermatologista Veridiana Abud, da clínica For All Group, em São Paulo.
Vale lembrar, porém, que altos níveis de açúcar no sangue dificultam e atrasam a cicatrização da cútis, além de aumentarem o risco de infecções — uma vez que a substância diminui a atividade do sistema de defesa do corpo, o que facilita a entrada de micro-organismos agressores.
Ou seja, é muito importante que você esteja com o diabetes controlado antes de fazer uma tatuagem. “No entanto, o diabetes por si só não proíbe a realização da tatuagem. Para isso, converse com seu médico. Juntos, vocês podem decidir qual é o melhor momento para fazer o procedimento”, complementa a especialista em micropigmentação Deise Damas, do Rio de Janeiro.
Diabetes e tatuagem inflamada: Relações
A Sociedade Brasileira de Dermatologia afirma que pacientes com a doença são predispostos a infecções pela bactéria Staphylococcus aureus, presente em mucosas, como boca e nariz. Normalmente, ela não causa prejuízos, mas pode ser perigosa caso o sistema imunológico da pessoa esteja comprometido, ou ela tenha alguma ferida (que é o caso da tatuagem).
Portanto, é importante escolher muito bem o profissional que irá realizar a sessão, bem como garantir que os equipamentos estejam higienizados — e que o tatuador utilize máscara, luvas e agulhas descartáveis. Desse modo, a chance de uma tattoo inflamada diminui.
Cuidados antes da tatuagem
- Escolha um bom estúdio de tatuagem, com especialistas que seguem as normas de segurança e práticas de higiene;
- Garanta que a saúde esteja em dia, e o diabetes controlado;
- A hidratação torna a pele mais saudável: reforçe o uso de cremes um mês antes do procedimento;
- Informe o profissional sobre a sua condição para que ele tome mais cuidado;
- Evite tatuar em locais com baixa circulação sanguínea: nádegas, região frontal da perna, tornozelo, pés e áreas utilizadas para aplicação de insulina.
Diabetes: Cuidados durante a tatuagem
Além disso, os níveis de glicemia podem aumentar durante a tatuagem. Portanto, se a sua não estiver controlada, o excesso de glicose pode complicar o processo de cicatrização, aumentando o risco de infecções. Lembre-se de medir antes de começar, durante e quando terminar.
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Pós-procedimento
Na primeira semana, a tatuagem pode ficar inchada e vermelha, mas vai melhorando a cada dia. Além disso, é comum o aparecimento de uma espécie de “baba” transparente e inodora nas primeiras horas.
A partir da primeira semana (e até a segunda), o ferimento começa a cicatrizar. Desse modo, ele pode descamar e até coçar. Por fim, depois do 15° dia, a pele parecerá curada, e o desenho pode ficar um pouco turvo. Isso quer dizer que você ainda está no processo (mesmo que final) de cicatrização. Por isso, continue cuidando da tattoo com:
- Lave o local com sabonetes líquidos neutros de manhã e à noite;
- Evite exposição ao sol;
- Depois de cicatrizada, aplique protetor solar na região;
- Caso note bolhas ou outras alterações, procure atendimento médico imediatamente.
Ideias de tatuagem para quem tem diabetes
Algumas pessoas decidem marcar na pele as suas relações com o diabetes. Isso também é importante em casos de acidente, por exemplo. Confira algumas ideias: