Depressão e consumo de cigarro e álcool aumentam na pandemia
O isolamento social está afetando a saúde mental cada vez mais, tendo em vista que durante a pandemia do COVID-19 sentimentos de medo e incerteza vem à tona. Além disso, houve um aumento nos sintomas de depressão, ansiedade e no consumo de cigarro e álcool, segundo uma pesquisa.
Como funcionou o estudo
A pesquisa foi coordenada pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e contou com a participação de 44.062 pessoas de todo o país.
Os participantes responderam a um questionário online com perguntas abrangentes que envolviam itens como frequência de atividade física, alimentação e mudanças no quadro sócio-econômico. Os resultados mostraram que 40% dos entrevistados estavam se sentindo tristes ou deprimidos e 54% se sentiram ansiosos ou nervosos frequentemente.
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Os percentuais foram maiores especialmente em jovens entre 18 a 29 anos, 54% se sentiram tristes/deprimidos e 70% ansiosos/nervosos com frequência.
Além disso, os consumo do cigarro aumentou para os fumantes, 28% fumam dez cigarros por dia e 6% mais de vinte. O consumo de álcool também aumentou em 18% durante a pandemia. Dessa maneira, os pesquisadores associaram o crescimento do uso de bebidas alcoólicas à frequência com a qual as pessoas estão se sentindo tristes e deprimidas.
Outro fator para o aumento dos sentimentos de depressão e angústia são os aspectos socioeconômicos. No geral, 55% dos entrevistados relataram diminuição no salário e 7% perderam a renda.
Mulheres são mais afetadas
Os resultados da pesquisa mostraram que as mulheres estão tendo mais problemas com a saúde mental que os homens. Sendo assim, 50% das mulheres relataram se sentir tristes e deprimidas durante a pandemia, enquanto o percentual dos homens foi de 30%.
Ademais, o aumento do uso de cigarros por dia foi de 32% entre as mulheres e 24% entre os homens. Dito isso, 47% das pessoas que já são diagnosticadas com depressão, disseram que os sintomas pioraram.
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