Dengue em São Paulo: alta de casos no trimestre supera 2019

Saúde
07 de Março, 2023
Dengue em São Paulo: alta de casos no trimestre supera 2019

A dengue é um problema de saúde pública antigo no Brasil. Por isso, todo ano, o Ministério da Saúde realiza campanhas para conscientizar a população sobre a prevenção e os sintomas da doença. Mesmo assim, 2022 foi marcado por um grande número de casos, que superou mais de um milhão de infectados e quase mil óbitos. E parece que este ano ameaça ser pior. Apenas em São Paulo, a dengue já reúne 936 infecções. Para se ter uma ideia, o ano anterior apresentou 637 ocorrências no mesmo período.

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Dengue em São Paulo é maior desde 2019

Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam que os casos cresceram 47% em relação a 2022, e já é considerado um ano crítico se comparado com 2019.

Dentre as regiões com mais casos, se destacam centro, zona oeste e leste. O bairro da Barra Funda é um dos mais afetados pela dengue em São Paulo. Na sequência, aparecem Pari, Tremembé, Perdizes e Pinheiros. Apesar da possível crise sanitária, a dengue não fez vítimas fatais.

Por que a doença cresceu tanto?

Na época do verão e até o mês de maio, é comum o aumento de casos em algumas regiões. O motivo são as altas temperaturas e as chuvas, que favorecem a reprodução do mosquito. Somado a isso, especialistas creem que a projeção da doença é fruto da pandemia, em que os governos direcionaram seus esforços contra o Covid-19.

Então, com o enfraquecimento das campanhas, as pessoas podem ter relaxado com os cuidados. No entanto, 2023 começou atípico, com temperaturas acima da média e chuvas muito intensas.

A esperança é que as frentes frias compensem e cheguem com antecedência para mitigar os impactos da dengue, a fim de controlar o cenário.

Vacina da dengue poderá erradicar problema

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina QDENGA, da farmacêutica japonesa Takeda. Antes, o sistema de saúde brasileiro contava com um imunizante restrito apenas para quem já teve a doença, e não se aplica a todas as faixas etárias.

A Dengvaxia, produzida pela Sanofi Pasteur, é válida apenas para pessoas de 9 a 45 anos. Além disso, a solução está disponível somente em serviços de saúde privados.

Em contrapartida, a nova vacina da Takeda pode ser aplicada tanto em indivíduos que já tiveram a doença, como aqueles que nunca apresentaram a infecção. Outro diferencial é a ampliação da cobertura — o imunizante atende pessoas de 4 a 60 anos de idade.

De acordo com o comunicado oficial da Takeda, a novidade protege contra quatro sorotipos diferentes da doença e possui duas doses. Com a aplicação da primeira, deve-se aguardar três meses para o reforço.

Todavia, apesar da aprovação da Anvisa, a venda do imunizante ao SUS depende do aval do Ministério da Saúde.

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