Dengue é mais letal em crianças menores de 5 anos, aponta FioCruz

Saúde
19 de Março, 2024
Dengue é mais letal em crianças menores de 5 anos, aponta FioCruz

Um novo estudo realizado pelo Observatório de Saúde na Infância da FioCruz, mostrou que a letalidade da dengue em crianças menores de 5 anos é maior, se comparada a outros públicos. O levantamento considerou dados das 10 primeiras semanas de 2024. Nesse período, foram notificados 239.402 casos de dengue em crianças de até 14 anos, com maior incidência entre adolescentes de 10 a 14 anos, sendo 24,5% em menores de 5 anos, 33,7% entre 5 e 9 anos e 41,8% de 10 a 14 anos. 

Por outro lado, a dengue é mais letal em crianças menores de 5 anos. Considerando o total de óbitos, cerca de 44,2% das vítimas eram de crianças menores de 5 anos. 

Apesar disso, a vacinação disponível no SUS prioriza a faixa etária dos 10 aos 14 anos, como explica Cristiano Boccolini, coordenador do Observa Infância:

“A doença se manifesta de forma mais grave especialmente entre bebês com menos de 5 anos de idade devido a não formação completa do sistema imunológico dessas crianças. Mas o Ministério da Saúde ele acerta em vacinar inicialmente essa faixa de 10 a 14 anos, o maior número de casos de dengue se encontra nessa faixa etária”.

Dengue em crianças: quais são os sinais de alerta?

Os sintomas de dengue na infância são muito parecidos com os sinais percebidos em adultos. Geralmente, o paciente começa apresentando febre,  dor de cabeça (atrás dos olhos), dores no corpo, fadiga, fraqueza, manchas, erupções e coceiras na pele. 

Porém, as crianças demandam um pouco mais de atenção, já que alguns sinais podem ser mais silenciosos ou até mesmo confundidos com gripes e resfriados. Bebês, por exemplo, que ainda não se comunicam, podem apresentar desde sintomas mais leves, como diminuição da urina e recusa do leite materno, até sinais mais marcantes, como irritabilidade, choro contínuo, vômitos persistentes e sangramentos. 

Por isso, o ideal é que os pais tenham atenção redobrada para procurar ajuda médica em caso de sintomas, além de adotar  medidas de prevenção contra a doença, como uso de repelentes e eliminação de criadouros.

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Prevenção começa dentro de casa

A prevenção contra o mosquito, no entanto, começa com tarefas simples dentro de casa. É importante prestar muita atenção em recipientes úmidos, afinal, o Aedes aegypti costuma colocar seus ovos nestes locais. A seguir, veja outras dicas de prevenção:

  • Elimine acúmulo de água em pneus, calhas, vasos, pratos de plantas, caixas d’água descobertas;
  • Use repelentes indicados pela ANVISA, repassando de duas vezes a três ao dia, evitando rosto e mãos;
  • Use roupas protetoras;
  • Instale telas protetoras contra mosquitos;
  • Evite viagens a áreas de maior incidência do mosquito;
  • Por fim, mantenha a hidratação ao longo do dia;

Sobre o autor

Tayna Farias
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em gravidez e maternidade

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