Dengue e amamentação: afinal, mães com a doença podem amamentar?
O Brasil vive uma alta histórica nos casos de dengue e bateu 1 milhão de diagnósticos só nos dois primeiros meses de 2024. O cenário intensifica a necessidade de prevenção e vacinação contra a doença. No entanto, surge uma preocupação em relação às mulheres lactantes, que, por enquanto, não fazem parte do grupo elegível para a vacinação. É possível manter a amamentação mesmo com dengue? Veja a seguir.
Dengue não impede a amamentação
A dengue é transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti e, embora seja uma doença infecciosa viral, não pode ser transmitida entre seres humanos. Assim, a única forma de transmissão é pelo mosquito infectado.
Por isso, mesmo se a mãe estiver com dengue, o leite materno não oferece riscos ao bebê. O leite materno fornece vários benefícios como a proteção de doenças, apoio no desenvolvimento do bebê, prevenção de anemias e fortalecimento do sistema imunológico. Considerada como a primeira vacina das crianças, a amamentação pode amenizar o risco de doenças infecciosas, como a dengue.
Veja também: Grávida pode fazer todos os exercícios na academia?
Quais são os cuidados?
Em casos leves e moderados, a recuperação da dengue envolve alguns hábitos que ajudam o próprio sistema de defesa do corpo a combater o vírus. Por exemplo:
- Repouso;
- Ingestão de líquidos;
- Uso de medicamentos para controlar os sintomas — mas nem todos são permitidos, consulte o seu médico;
- Alimentação adequada.
Ainda assim, a amamentação pode ser condicionada ao estado da mãe, já que em casos de debilidades mais graves causadas pela dengue, já que a mãe ficaria impossibilitada de oferecer o leite materno.
Prevenção é a melhor estratégia
Quem não pode receber o imunizante, como é o caso de grávidas e lactantes, deve intensificar os cuidados para evitar a picada do mosquito da dengue. Veja algumas dicas de prevenção a seguir:
- Usar repelentes indicados pela ANVISA, repassando de duas vezes a três ao dia, evitando rosto e mãos;
- Usar roupas protetoras;
- Instalar telas protetoras contra mosquitos;
- Evitar viagens a áreas de maior incidência do mosquito;
- Por fim, manter a hidratação ao longo do dia;
Dessa forma, diante de uma eventual contaminação pelo vírus, é importante procurar ajuda médica em caso de sintomas inesperados.