Cuidados nas festas de fim de ano: dicas contra vírus e intoxicações
Com o final de ano na porta, é inevitável não se animar com as festas e com o clima de confraternização. No entanto, com a alta do número de casos de Covid-10, mais o risco de adoecer por intoxicações variadas, é importante ter cuidados nas festas de fim de ano. Para curtir a passagem do ano com quem você ama — seja em casa, na praia ou em outro lugar — veja algumas dicas para evitar doenças virais e alimentares.
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Cuidados essenciais nas festas de fim de ano
De acordo com o biomédico e especialista em saúde pública Roberto Martins — o famoso dr. Bactéria — a higiene frequente das mãos deve ser prioridade. Não apenas durante as comemorações, mas a qualquer momento, já que as novas subvariantes do coronavírus são mais resistentes à resposta imunológica.
Para lavar as mãos, o especialista ensina que devemos esfregar os dedos por 30 a 40 segundos e enxaguar em seguida. O álcool em gel é outro item que complementa a limpeza: aplique o produto em ambas as mãos e entre os dedos por 15 a 20 segundos.
O jeito certo de espirrar
É fundamental cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir. “Chamamos de posição Drácula (como o vampiro fazia com sua capa). Uma atitude certa em respeito ao outro ser humano”, brinca o dr. Bactéria. Tal atitude tem fundamento, pois impede que as gotículas expelidas pela tosse ou espirro atinjam pessoas próximas.
Utilize máscaras
A alta de infecções pelo Covid-19 acendeu o alerta para tirarmos as máscaras da gaveta novamente. Algumas cidades, inclusive, voltaram a exigir a máscara em locais fechados.
“Portanto, utilize o item em locais de aglomeração, como no transporte coletivo ou em trabalhos que tenham contato com grande número de pessoas. Além disso, use se estiver doente e ao cuidar de pessoas doentes”, aconselha dr. Bactéria.
Vacinas em dia: um dos principais cuidados para curtir as festas de fim de ano
Está mais do que comprovado que a vacina não serve apenas como proteção individual, mas de toda a população. Quanto mais pessoas se vacinarem, maior a imunidade coletiva, que reduz a oportunidade de circulação do Covid-19.
Crianças, idosos, pessoas imunossuprimidas e com comorbidades figuram o grupo de risco. Ou seja, estão mais vulneráveis a complicações da doença. Ao se vacinar, você diminui as chances de contrair a infecção e de transmiti-la para indivíduos com a imunidade fragilizada.
Na dúvida, faça o teste
Tanto os testes de farmácia como os de laboratório ajudam a identificar a presença do Covid-19 no organismo.
Contudo, se você esteve longe de algum local de risco e teve contato com pessoas e começou a ter sintomas, faça imediatamente o teste de farmácia. Se der negativo, espere 48 horas e repita o teste. Dando negativo novamente, a possibilidade de não estar com Covid-19 é muito grande.
“Mas, se por acaso houve o contato com pessoas que comprovadamente estavam doentes. A não ser que não tenha nenhum tipo de sintoma, aguarde por 5 dias e faça o teste de farmácia. Com o resultado negativo, você está livre”, esclarece o biomédico.
E os cuidados com a alimentação nas festas de fim de ano?
Nessa época, é comum mudarmos nossos hábitos alimentares. Falando do Natal, que é sinônimo de mesa farta e variada, dr. Bactéria explica que algumas regrinhas de conservação e exposição dos alimentos podem evitar intoxicações e problemas derivados da alimentação.
“Peru, pernil, leitão, farofa e maionese são exemplos de pratos que não costumam faltar nestas comemorações. Mas eles só podem ficar fora da geladeira até 2 horas. Assim se evita a proliferação de bactérias”, orienta.
“Quem for encomendar o pernil, leitão ou qualquer outro assado a terceiros (bufê, padaria, rotisseria etc) deve combinar o horário da retirada do prato. O correto é levá-lo para casa ainda quente, recém-saído do forno. Então, nada de levar para casa o assado se ele ficou mais de duas horas à temperatura ambiente, à sua espera”, prossegue o biomédico.
Ao chegar em casa com o assado, coloque-o na geladeira sob a temperatura de 4º a 5º C. Antes de servir o alimento, reaqueça-o a mais de 75º C. “É necessário calcular um intervalo de meia hora entre a entrada do prato na sala de jantar e o início da refeição. No final da refeição, não se deve deixar os alimentos sobre a mesa. Coloque-os na geladeira, descobertos. Duas horas depois, já podem ser tampados”, recomenda.
“Quanto às sobras, se for utilizá-las no dia seguinte, reaqueça-as a mais de 75º C e sirva em seguida. Se as sobras forem consumidas depois de 4 ou 5 dias, é necessário congelá-las. Coloque-as em sacos plásticos próprios para freezer, tomando o cuidado de eliminar o ar de dentro e etiquetar com o nome do produto, a data de congelamento e a data de validade”, conclui o especialista.