Corrimento rosado: o que a condição pode dizer sobre sua saúde

Gravidez e maternidade Saúde
04 de Maio, 2023
Corrimento rosado: o que a condição pode dizer sobre sua saúde

Nosso corpo produz e expele secreções o tempo todo: saliva, lágrimas, suor, muco… No caso das mulheres, o corrimento faz parte desse conjunto de secreções, e varia conforme a fase da vida e o período do ciclo menstrual. No entanto, certas mudanças de coloração, odor e quantidade podem causar preocupação para alguma doença ou desequilíbrio na saúde íntima. Uma das dúvidas é sobre o corrimento rosado que muitas mulheres percebem no fundo da calcinha, seja antes ou após a menstruação.

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O que o corrimento rosado pode indicar sobre a saúde feminina?

De acordo com Fabio Muniz, coordenador médico do Hospital e Maternidade São Cristóvão Saúde, o corrimento rosado pode ter várias causas. Mas, as mais comuns incluem:

  • Ovulação: enquanto ocorre o processo da ovulação, o ovário libera um óvulo e a parede do ovário pode se romper, causando, assim, o corrimento rosado.
  • Infecções vaginais: enfermidades como candidíase ou tricomoníase podem causar corrimento rosado, principalmente associado a odor desagradável e coceira.
  • Alterações hormonais: mudanças produção hormonal, decorrentes do climatério e da menopausa, por exemplo, podem favorecer o corrimento rosado.
  • Lesões na vagina: irritações, fissuras ou cortes provocam pequenos sangramentos que se misturam com a secreção vaginal, dando o aspecto rosado.
  • Após relações sexuais: irritação/microfissuras da mucosa vaginal ou pela contaminação por bactérias durante o sexo. “No entanto, também pode ser sinal de uma infecção sexualmente transmissível (IST), como gonorreia ou clamídia. Essas infecções podem causar corrimento rosado, dor ao urinar e dor pélvica”, explica. Nessa situação, o especialista destaca a importância do tratamento precoce para evitar complicações e prevenir a transmissão da infecção para os parceiros.

Corrimento rosado e gravidez

Ao contrário do que muita gente pensa, o corrimento rosado, sozinho, não é um sinal confiável de gravidez. Contudo, se ele aparece com outros sinais e sintomas — atraso menstrual, dor abdominal ou mamilos sensíveis — podem sugerir o início de uma gestação.

“Nesses casos, a gravidez se confirma por meio de um teste específico, que detecta a presença de hCG (gonadotrofina coriônica humana) na urina. O hCG é um hormônio produzido pela placenta e é um indicador confiável de gravidez. Se houver suspeita, é importante realizar um teste ou procurar ajuda médica para uma avaliação mais precisa”, enfatiza Fabio Muniz.

Se o resultado for positivo para a gestação, o médico destaca dois momentos em que o corrimento rosa pode aparecer. “No início da gravidez, entre 6 e 12 dias após a concepção, é possível que a eliminação vaginal com coloração rosa. Isso acontece pela implantação do embrião na parede uterina, que pode ser confundida com um pequeno sangramento menstrual”.

Já em outras fases da gravidez, o corrimento rosado pode ser um sinal de trabalho de parto prematuro ou de ruptura prematura das membranas. Além disso, pode ser um alerta ou ameaça de aborto. A mulher pode notar o corrimento rosado ou marrom, associado a dor abdominal ou cólicas de forte intensidade. “É fundamental procurar ajuda médica imediata. Afinal, há risco para a saúde materna e para a própria gravidez”, recomenda o especialista.

Outros motivos para ir ao médico

“O corrimento rosado pode ser sinal de preocupação se existirem outros sintomas, como coceira, dor pélvica, cheiro desagradável, dor durante as relações sexuais ou sangramento vaginal anormal”, orienta o médico.

Além disso, a secreção pode ter relação com um problema mais grave, como lesão cervical ou endometrial — ou até mesmo um câncer ginecológico. Por isso, o coordenador médico do São Cristóvão Saúde repete o conselho de observar quaisquer mudanças no corpo e buscar auxílio especializado.

“Em geral, é ideal marcar uma consulta com o seu ginecologista anualmente. Assim, é possível fazer exames preventivos, cuidar da saúde ginecológica e conhecer as condições fisiológicas”, finaliza.

 

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