Cirurgia de hérnia: complicação e urgência são as principais causas

Saúde
06 de Dezembro, 2022
Cirurgia de hérnia: complicação e urgência são as principais causas

Tem crescido o número de pessoas que realizam cirurgia de hérnia abdominal no Brasil. De acordo com dados do DataSus, de setembro de 2020 ao mesmo mês de 2022, o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou 404 mil cirurgias para correção de hérnias da parede abdominal.

Além disso, neste período ocorreram 8.6 mil procedimentos resultantes de complicações, como hérnias estranguladas (5.3 mil) ou que voltaram (3.2 mil), além de 93 mil cirurgias de urgência, totalizando 25% do total. O número de cirurgias de urgência impressiona, pois a Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal acredita que este percentual de emergências atendidas pelos planos de saúde gira em torno de apenas 3%.

Cirurgia de hérnia abdominal

A cirurgia de hérnia abdominal minimamente invasiva, isto é, feita com pequenos cortes e equipamentos específicos, representa 0,6%, ou 2.536 pacientes atendidos para tratar essa condição. Esses casos têm como vantagem o retorno precoce às atividades cotidianas, além de menor dor pós-operatória.

De acordo com o Dr. Marcelo Furtado, cirurgião e presidente da SBH, o ideal é que os procedimentos sejam realizados da forma mais breve possível, para evitar as complicações e cirurgias de urgência.

“Os casos emergenciais são sempre mais complicados, pois não temos tempo para o preparo adequado com o paciente e realização dos exames, conforme é feito em uma cirurgia eletiva. Além disso, existe o risco ao qual o paciente está submetido em casos de complicações, como o encarceramento e o estrangulamento da hérnia – que é o quadro mais grave, exigindo a cirurgia imediata”.

Riscos de não fazer a cirurgia de hérnia

Quando o conteúdo da hérnia fica estrangulado compromete o fluxo sanguíneo e pode levar a isquemia e gangrena, podendo provocar a morte. Geralmente o paciente apresenta um quadro de dor intensa, acompanhado de náuseas e vômitos.

A hérnia abdominal pode voltar?

Para o Dr. Gustavo Soares, vice-presidente da SBH, é necessário realizar o tratamento da hérnia e também os seus fatores de risco. “Quadros como obesidade, tabagismo e diabetes descontrolada aumentam o risco para novos casos de hérnias abdominais ou retorno daqueles já tratados, exigindo nova intervenção cirúrgica. O ideal é sempre encaminhar o paciente para tratar essas doenças devidamente, garantindo mais sucesso no tratamento da hérnia”.

As próteses em formato de tela utilizadas nas cirurgias reduzem o risco de recidiva em até 80%.

Afinal, o que são hérnias?

A hérnia é um defeito ou um orifício nos músculos do abdome que permite que o intestino ou uma porção de gordura passe através dele. Ainda que hérnias possam ocorrer em muitos lugares no corpo humano, elas são mais comuns na parede abdominal, como explica o vice-presidente da SBH, Dr. Gustavo Soares.

“Elas podem ocorrer em qualquer idade, mas, atingem principalmente os adultos. Como trata-se de uma abertura na musculatura o tratamento é exclusivamente cirúrgico, com exceção da hérnia de hiato que pode ser tratada com medicamentos”. As hérnias não desaparecem sozinhas e a única forma de curá-las é a cirurgia.

Fonte: Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal.

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