Carla Prata segue dieta especial por doença autoimune e rara
Carla Prata, rainha de bateria da escola de samba Acadêmicos do Tucuruvi, possui uma doença que afeta o sistema neuromuscular. Chamada miastenia gravis, a condição provoca fraqueza muscular extrema, principalmente se a pessoa realiza alguma atividade física intensa.
Por ser uma enfermidade inflamatória, a musa segue uma rotina para controlar os sintomas, incluindo a alimentação. A seguir, saiba mais sobre a miastenia gravis e o tipo de dieta que Carla Prata segue pela doença.
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O que é a miastenia gravis, doença da rainha de bateria Carla Prata?
A miastenia gravis, também conhecida como MG, é de origem autoimune. Ou seja, quando o próprio sistema imunológico ataca alguma parte do organismo. No caso da MG, o corpo causa inflamação nos nervos receptores de impulsos musculares.
Por isso que o principal sintoma da enfermidade é a fraqueza muscular, que pode se manifestar em qualquer grupo. Desde os menores, como os da face e da deglutição, bem como os responsáveis pela respiração, em casos de grau avançado.
Portanto, para garantir o bem-estar e minimizar os efeitos da doença sobre a disposição, Carla Prata toma muitos medicamentos. “São cerca de 30 comprimidos por dia”, disse a musa ao UOL. Exames periódicos também fazem parte das medidas de controle, sobretudo por conta da preparação para o carnaval.
Afinal, desfilar e sambar por horas exige muito do corpo, que é naturalmente mais fragilizado pela MG.
Alimentação restrita e variada
Para garantir plena saúde para a maratona do carnaval, Carla conta que o acompanhamento nutricional de perto é essencial. Segundo a passista, toda semana o cardápio varia, com o objetivo de suprir os nutrientes para os ensaios. Afinal, é mais difícil fazer todas as refeições.
Outra particularidade na dieta contra a MG são as restrições. Ingredientes com potencial inflamatório ficam fora do menu: por exemplo, açúcar, glúten, alimentos fritos e bebidas alcoólicas passam longe de Carla Prata.
Embora pareça desafiador para muitas pessoas, as limitações da dieta não são um problema para a rainha de bateria, que já se habituou ao estilo de vida. Inclusive, sua condição de saúde motivou a musa a cursar nutrição, para aprender mais como os alimentos podem beneficiar ou complicar quadros como a MG.
Como é o diagnóstico da doença de Carla Prata?
Envolve uma série de avaliação, que começam pela análise dos sintomas por meio de testes físicos no próprio consultório médico. Para confirmar a suspeita, o neurologista solicita diversos exames de sangue, que medem a dosagem de anticorpos específicos. Outro bem comum é o teste que utiliza impulsos elétricos, chamado eletroneuromiografia.
Com o diagnóstico, é possível determinar uma linha de tratamento, que varia conforme o nível da doença. Muitos pacientes podem se beneficiar com a plasmaférese, terapia que filtra o plasma, uma parte do sangue que transporta nutrientes e outras substâncias para todo o corpo.
O uso de medicamentos também é importante, como corticoides e ciclosporina. No entanto, a prescrição é individualizada, pois cada pessoa tem uma reação diferente à MG.
Por isso, a jornada do paciente precisa estar cercada por neurologistas, reumatologistas e fisioterapeutas para melhorar a qualidade de vida.
Referências: Ministério da Saúde; MSD Manuals; Mayo Clinic.