Candidíase mamária: o que é, sintomas e tratamento
Presente na pele mesmo sem apresentar sintomas, o microrganismo Candida albicans causa uma doença fúngica mais comum entre as mulheres: a candidíase. Mas você sabia que existe uma variação dela chamada candidíase mamária?
Como o nome sugere, ela atinge a região das mamas, e costuma acometer principalmente mulheres que estão no período pós-gestacional, por conta da amamentação dos bebês.
Sintomas de candidíase mamária
Quando o organismo se encontra em um estado de baixa imunidade, os fungos podem acabar se espalhando e, consequentemente, ocasionando na candidíase mamária. A partir disso, é possível perceber sintomas como dor, vermelhidão, pele repuxada, feridas com dificuldade de cicatrização, coceira, entre outros.
Nas mães que estão amamentando, pode-se notar ainda uma pequena descoloração na região da auréola e do mamilo e descamação. Assim, a pele fica mais sensível, e por vezes, brilhosa.
E a doença também pode acabar afetando ainda os bebês. Nesses casos, os recém-nascidos que recebem a amamentação podem ter os populares “sapinhos”, que são manchas brancas que deixam a língua e gengiva mais sensíveis, e que nem sempre têm uma apresentação visual, sendo assintomática.
Causas
Pode-se citar dois principais fatores relacionados ao que causa a candidíase mamária. O primeiro é quando a imunidade está mais baixa, podendo ser por conta de um machucado ou infecção na pele, por exemplo.
Já o segundo caso é quando o fungo é transmitido pelo próprio bebê, via oral, por meio da amamentação.
Tratamento para candidíase mamária
Por meio do diagnóstico clínico, o profissional de saúde saberá como identificar e tratar da forma mais adequada a candidíase mamária. De acordo com o quadro da paciente, ela deverá seguir as orientações do ginecologista, porém, existem casos mais graves que precisam de intervenção de um mastologista ou dermatologista em paralelo.
Assim, utiliza-se medicamentos antifúngicos, como pomadas do tipo nistatina e o nitrato de miconazol ao longo de duas semanas, aplicada após cada momento de amamentação.
Quando as pomadas não resolvem, recomenda-se o tratamento via oral, com medicamentos como, por exemplo, o fluconazol ao longo de quinze dias, com supervisão e orientação médica.
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Prevenção
Mas, também é necessário se atentar aos detalhes de higiene e não usar produtos que deixam os seios muito úmidos ou abafados, tais quais hidratantes de auréola propícios a causarem fissuras.
Por fim, a higiene das mãos também deve ser priorizada. Além disso, sugere-se não dar de mamar com o uso de bicos artificiais, que facilitam a proliferação dos fungos. Por fim, é contraindicado o uso de chupetas em bebês.
Fonte: Dr. Rogério Tabet, médico ginecologista/obstetra do Sistema Público de Saúde. CRM:97801.