Câncer ginecológico: saiba quais são os tipos e tratamentos
O câncer ginecológico é um tipo de doença que tem alta prevalência no Brasil. Não à toa, existem grandes campanhas de prevenção, por exemplo o Outubro Rosa, que estimulam a prevenção e o diagnóstico precoce.
As variantes mais comuns da doença são o câncer de mama, de colo de útero, de ovário e de corpo de útero – nessa ordem de incidência. Segundo o INCA, o Instituto Nacional do Câncer, a estimativa de novos casos de câncer de mama, por exemplo, é de aproximadamente 66 mil casos ao ano. O câncer de colo uterino vem em segundo lugar, com 16 mil casos anuais.
Sinais e sintomas
“No caso do câncer de mama, o principal sintoma é o achado de algum nódulo (caroço) suspeito na palpação das mamas”, explica Gustavo Leme Fernandes, ginecologista, diretor técnico e coordenador médico do núcleo de neuropelveologia do Instituto de Cuidados, Reabilitação e Assistência em Neuropelveologia e Ginecologia (Increasing). “Outros sintomas do câncer de mama são alterações nos mamilos, saída de secreção pelo mamilo e pele da mama avermelhada. Na presença destes sintomas é importante procurar um médico.”
Já no caso do câncer de colo uterino, o principal sintoma é o sangramento vaginal e o sangramento na relação sexual. Aliás, como esses costumam ser sintomas bastante genéricos, que podem surgir por outras condições de saúde da mulher, é importante buscar um ginecologista para evitar o diagnóstico tardio.
“O diagnóstico do câncer de mama é feito, sobretudo, através da investigação diagnóstica e confirmação com biópsia da lesão. As lesões suspeitas podem ser encontradas nos exames de mamografia de rotina ou na palpação das mamas. Frente a esses achados, o médico solicitará a investigação pertinente e a biópsia para confirmação”, explica o médico.
Já o câncer de colo do útero pode ter as lesões iniciais detectadas na citologia do colo (o Papanicolau) e, em casos mais avançados, podemos encontrar alguma alteração já no exame ginecológico. Por isso, nesses casos, a biópsia irá confirmar a suspeita.
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Tratamentos para câncer ginecológico
Cada tipo de câncer, de estágio da doença e de paciente vai exigir um tipo de tratamento. Entretanto, existem condutas comuns que podem funcionar de forma geral.
O tratamento do câncer de mama, por exemplo, geralmente é cirúrgico, com a retirada do nódulo suspeito. Pode ser necessária a retirada de toda a mama (mastectomia) e dos gânglios da axila. Além disso, algumas vezes, é necessário fazer quimioterapia e radioterapia.
“O câncer de colo do útero geralmente é tratado com a histerectomia, que é a retirada do útero”, explica o Dr. Gustavo. “Em casos iniciais e em mulheres com desejo de engravidar, pode-se avaliar a possibilidade de realizar a retirada do colo uterino e preservar o corpo. Nós chamamos esse procedimento de cirurgia preservadora de fertilidade. Nos casos mais avançados, o tratamento também é com radioterapia e quimioterapia.”
Fonte: Gustavo Leme Fernandes, ginecologista, diretor técnico e coordenador médico do núcleo de neuropelveologia do Instituto de Cuidados, Reabilitação e Assistência em Neuropelveologia e Ginecologia (Increasing)