Bronquiolite infantil: cuidados para prevenir a doença durante o frio
O VSR (vírus sincicial respiratório) é o principal responsável pela bronquiolite, tanto adulta como infantil. A doença causa dificuldades respiratórias, que podem se agravar e até ser fatal, sobretudo entre as crianças mais novas, abaixo de 2 anos.
Com a queda dos termômetros no outono no inverno, a infecção é ainda mais agressiva, e costuma ser a maior causa de internação de crianças com até 4 anos no Brasil.
Nesse sentido, como proteger os pequenos dessa enfermidade potencialmente grave, que pode provocar insuficiência respiratória?
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Como prevenir a bronquiolite infantil
Para reduzir os riscos da bronquiolite na criançada, é importante conhecer como o vírus se dissemina. Além do VSR, outros micro-organismos podem causar a bronquiolite.
No entanto, a repercussão do VSR é maior de fevereiro a julho, enquanto os demais — por exemplo, influenza, adenovírus e parainfluenza — atacam em períodos distintos. De forma geral, os micro-organismos atacam no seguinte contexto:
- Baixa imunidade.
- Permanência em ambientes fechados e lotados, que facilitam a proliferação do VSR. No caso das crianças, o convívio com outras em creches e escolas é um “prato cheio” para a doença.
- Contato com indivíduos resfriados, adultos ou crianças.
Diante do cenário acima, o cuidado com a saúde dos pequenos deve ser redobrado. Logo, os hábitos de higiene precisam ser maiores, assim como evitar a interação das crianças com pessoas doentes.
Vale ressaltar que a transmissão do vírus pode acontecer entre aqueles que não apresentam sintoma algum. Dessa forma, é recomendável evitar beijos, abraços e contato muito próximo, pois os agentes infecciosos habitam as gotículas de saliva e transitam pelo ar.
Atitudes práticas que podem reduzir a contaminação
- Lavagem constante das mãos: mesmo fora de casa, converse com as escolas e creches sobre a necessidade de higienização frequente do seu filho.
- Manter ambientes fechados e aglomerados com ventilação natural.
- Se possível, evitar locais com muita gente. Ou, então, aderir ao uso de máscara nessas situações.
- Limpeza de superfícies (mesas, cadeiras e outros locais), pois o vírus pode ficar ativo nelas por muitas horas.
- Atualização da carteira de vacinas.
- Alimentação equilibrada para garantir o consumo de vitaminas, minerais e outros nutrientes que fortalecem a imunidade.
De olho nos sintomas da bronquiolite infantil
A infecção provoca inflamação e inchaço dos bronquíolos que, por sua vez, obstrui o fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões.
Assim, os sintomas começam bem parecidos com os de um resfriado: nariz escorrendo, entupido e tosse, que pode conter catarro. Entre os bebês, as mães podem notar que eles sentem mais dificuldade para mamar, devido ao tamanho pequenino do nariz.
Quando o quadro der os primeiros sinais, é fundamental ir ao médico para avaliar o estado de saúde. Afinal, a doença fica com sintomas mais agudos entre o terceiro e quinto dias de infecção. Nesse período, a criança fica com os pulmões mais sensíveis: a tosse com catarro fica mais intensa, assim como o cansaço e a dificuldade para respirar.
Como funciona o tratamento da bronquiolite infantil?
Ainda não existem recursos específicos para combater a bronquiolite. Portanto, dependendo do caso, o tratamento envolve medidas que reduzem o incômodo dos sintomas, como nebulização e uso de medicamentos antitérmicos, por exemplo. A hospitalização é uma alternativa para aqueles pacientes que estão com o pulmão muito comprometido, o que requer o uso de ventilação.
Enquanto a criança estiver infectada, é essencial mantê-la bem hidratada e alimentada, o que ajuda bastante na recuperação.
Referências: Ministério da Saúde; Fiocruz; MSD Manuals; e Hospital Infantil Sabará.