Bradicardia: O que é, sintomas e tratamento
Os batimentos cardíacos funcionam num ritmo que, em pacientes saudáveis e em descanso, se encontra no intervalo de 60 a 100 batidas por minuto. Quando esse ritmo tem um descompasso, ou seja, uma alteração, dois são os possíveis diagnósticos: a bradicardia e a taquicardia.
A primeira condição (bradicardia) acontece quando os batimentos ocorrem em intervalos mais espaçados, ou seja, os movimentos são mais lentos. Em muitos casos, esses episódios surgem e desaparecem sozinhos, sendo inofensivos. Mas, quando se prolongam ou se tornam frequentes, é necessário prestar atenção e procurar ajuda de um médico especialista.
Entenda o que causa o quadro de bradicardia, os sintomas e seu tratamento.
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O que é bradicardia
A bradicardia é uma arritmia, ou seja, irregularidade na frequência cardíaca do paciente – que pode ser conferida pelo pulso. Ao contrário da taquicardia, essa condição faz com que a sua pulsação seja mais baixa, se encontrando por volta das 50 batidas por minuto.
Sintomas
Os sintomas da bradicardia variam de acordo com alguns fatores, como o tipo,, a idade e o estilo de vida do paciente. Como exemplo, o Dr. Ausonius Sawczuk comenta: “se um paciente jovem apresenta uma frequência baixa, mas realiza atividade física e já está acostumado com essa frequência, ele não sentirá nada. Agora, se essa mesma condição é encontrada em um idoso ou em um paciente que está acostumado com uma frequência alta, haverá sinais de baixo débito”.
No segundo caso, esses sinais decorrem da falta de oxigênio no sangue que está sendo circulado pelo corpo, principalmente no cérebro. Além disso, existem alguns sintomas que são típicos de arritmias – como a sensação de fadiga, tontura, mal-estar, queda de pressão e desmaios (síncopes), dependendo do caso e gravidade.
É importante ressaltar que não são todos os pacientes que apresentam sintomas, por isso é válido realizar um acompanhamento médico para entender e diagnosticar essa condição.
Identificando a bradicardia
Para identificar a bradicardia, você pode realizar um autoexame, verificando a frequência cardíaca por meio do pulso (radial, femoral ou carotídeo) e observando por um minuto quantas pulsações você sente; caso dê menos do que 60, pode se considerar um quadro de bradicardia.
Também é importante observar, além da quantidade dos batimentos, qual o seu compasso: se estiver alterado, também é sinal de arritmia. Assim, a partir do momento em que a bradicardia foi identificada pelos sintomas, a primeira coisa a se fazer é se sentar para evitar uma possível queda que pode, inclusive, machucar a cabeça.
Após o primeiro momento, a recomendação é continuar em descanso sem se levantar, não tomar água ou se automedicar e, assim que possível, providenciar um atendimento médico e exames para confirmar o diagnóstico, como o electrocardiograma, holter de 24 horas e holter prolongado.
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Tratamento da bradicardia
O ponto de partida do tratamento da bradicardia dependerá da causa. Dessa forma, em pacientes jovens, atletas ou que têm o coração treinado, pode não haver a necessidade de um tratamento. Agora, se há algum medicamento que está ocasionando essa diminuição da frequência, será necessário regular ou trocar a medicação.
Uma outra opção é a colocação de um marcapasso por meio de intervenção cirúrgica. O marcapasso é um dispositivo que emitirá estímulos para o coração bater com maior frequência. Seu risco de complicação é pequeno.
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Atenção especial
É importante compreender que, se os batimentos cardíacos estiverem muito rápidos ou lentos, a consulta a um médico é essencial para diagnosticar uma possível doença cardíaca ou até mesmo realizar um pronto atendimento.
Fonte: Dr. Ausonius Sawzuck – Cardiologista do Hospital Albert Sabin (CRM: 185763).
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