BQ.1: nova variante da Ômicron já circula pelo Brasil e acende alerta
A variante BQ.1 da Ômicron, que circula por alguns países da Europa e foi responsável pela alta de casos no continente, chegou ao Brasil. A princípio, os indícios da nova cepa surgiram no final de outubro, no estado do Amazonas.
Na ocasião, a Fiocruz levantou a hipótese de que o vírus já estava em outros locais do país. Contudo, a confirmação aconteceu no início de novembro no Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Saúde. A paciente é uma mulher de 35 anos que tomou todas as doses da vacina, assim como as de reforço. Então, por esse motivo, ela não apresenta complicações — apenas sintomas leves da infecção.
Outra informação fornecida pela pasta é que a paciente não possui histórico de viagem, o que indica a transmissão local do vírus.
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O que é e quais são as características da BQ.1?
A BQ.1 é uma variante da Ômicron e provoca os sintomas conhecidos — por exemplo, febre, dor de cabeça, dor e fadiga muscular, tosse, perda do olfato e paladar, além de tosse e falta de ar.
No entanto, a diferença é que a BQ.1 é que ela possui “escape imune”. Ou seja, possui maior poder de infecção devido às suas características. Por exemplo, ela contém uma mutação específica na proteína spike, presente no coronavírus, que amplia a aderência do vírus ao organismo humano.
Aumento de casos no RJ pode estar associado à variante
Na última semana, a cidade do Rio de Janeiro teve uma alta de ocorrências, seguido de Recife, Manaus, Goiânia e São Paulo. Embora nem o Ministério da Saúde nem a Fiocruz tenham confirmado a BQ.1 nessas cidades, é possível que o aumento de pessoas infectadas esteja relacionado à nova variante da Ômicron.
Além disso, especialistas apontam que as próximas semanas poderão ser críticas nesse sentido, com mais indivíduos contaminados.
Como se proteger?
A queda da obrigatoriedade do uso de máscaras e do relaxamento das normas de segurança sanitária não representam o final da pandemia. Portanto, é fundamental receber todas as doses da vacina para minimizar o agravamento de possíveis infecções.
As recomendações gerais prevalecem: higienização das mãos, incluindo o uso frequente de álcool em gel; uso de máscaras (mesmo que não seja mais obrigatório) em locais de aglomeração; e isolamento em casos suspeitos da doença.
Por fim, pessoas com comorbidades — imunossuprimidas, com obesidade, entre outras condições –, crianças e idosos precisam redobrar os cuidados. Ao sinal de quaisquer sintomas, é aconselhável buscar atendimento para o diagnóstico adequado.