Boca amarga (gosto amargo): o que pode ser e como tratar
A sensação de boca amarga, também chamada de disgeusia, é frequentemente associada ao mau hálito. A alteração do paladar que causa o gosto amargo pode resultar, ainda, em alterações psicológicas. Isso porque algumas pessoas, por exemplo, se retraem ao conversar, colocam a mão na boca e falam baixo, pois acreditam que estejam com o temido mau hálito.
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Causas da boca amarga
Primeiramente, é necessário descobrir a causa da boca amarga investigando a língua, local onde estão as papilas gustativas. Ao analisar as papilas do gosto amargo, é importante avaliar se o local está recebendo catarro causado por doenças respiratórias, e se há baixa salivação, além de falta de limpeza no local. Nesse caso, o ideal é procurar um dentista capacitado em halitose e alterações salivares.
Além desses fatores, outros também podem resultar na sensação de boca amarga:
- Uso de medicamentos que reduzem a salivação
- Diabetes, pois pode causar halitose
- Alterações hormonais
- Doenças hepáticas
- Insuficiência renal
- Deficiência de vitaminas e ou sais minerais
- Hipotireoidismo
- Alcoolismo
- Tabagismo
- Problemas dentários (como cáries, por exemplo)
- Transtornos alimentares (bulimia, anorexia, entre outros)
Tratamento e prevenção
Antes de tudo, é importante saber se existe alguma outra causa para justificar a sensação de boca amarga. Caso seja baixa salivação, por exemplo, deve-se tratá-la para evitar danos na saúde bucal.
O tratamento, por sua vez, deve incluir uma correta higiene da língua que inclua limpadores com cerdas, além de evitar uso de enxaguantes bucais com álcool. Nesse sentido, para evitar o seu surgimento, é indispensável realizar a limpeza adequada diariamente e ingerir água para garantir uma boa salivação.
Por fim, diagnosticar a boca amarga às vezes pode ser difícil, exigindo a exclusão de todas as outras causas. Dessa forma, encontrar o tratamento certo pode ser um processo de tentativa e erro. Em alguns casos, o problema pode se resolver por conta própria ou exigir intervenção médica para controlar ou resolver a causa subjacente.
Fonte: Dr. Marcos Moura – Dentista de Maceió. Endodontista pela UNESP/Araraquara e membro da Associação Brasileira de Halitose (ABHA).