Como descobrir se o bebê tem problema de visão

Gravidez e maternidade Saúde
15 de Fevereiro, 2022
Como descobrir se o bebê tem problema de visão

É mais simples descobrir que uma criança ou um adulto está com algum problema de visão: franzir a testa ao ler, as reclamações sobre dores de cabeça, até mesmo a dificuldade de ler textos à distância ou mais próximos do rosto. Mas e os bebês? Será que recém-nascidos e crianças muito pequenas também podem desenvolver problemas para enxergar? E mais: é possível descobrir se o bebê tem problema de visão? 

Dá para descobrir se o bebê tem problema de visão? 

A resposta a essa pergunta é “sim!”. Tanto que existe o informalmente chamado “teste do olhinho”, que acontece assim que a criança nasce. No berçário, ela passa pelo teste do reflexo vermelho, que tem como objetivo identificar possíveis alterações na retina, no cristalino e na córnea. 

Isso, claro, não significa que é possível saber, de bate-pronto, se aquela criança tem ou terá condições comuns como miopia ou astigmatismo. O seu objetivo é identificar condições mais sérias, como a catarata e o retinoblastoma. 

“Esse teste consegue detectar se o bebê tem problema de visão ativo ao nascer”, explica o Dr. Hallim Féres Neto, oftalmologista membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. “Porém, à medida que o bebê cresce e se desenvolve, podem aparecer outros problemas. Além disso, vale lembrar que o exame no berçário é apenas uma triagem, e pode não ter sido o suficiente para detectar alterações pouco aparentes.”

Algumas das questões mais comuns encontradas no recém-nascido são a obstrução do canal lacrimal e as conjuntivites neonatais, que podem aparecer só quando o bebê já está em casa. 

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Quando suspeitar? 

É difícil determinar um comportamento padrão que indica uma questão de visão tão cedo na vida, mas as alterações mais graves costumam ser identificadas logo de cara pelo teste do reflexo vermelho, como explicado acima. 

No entanto, o médico indica que um sinal de alerta é quando o bebê apresenta um movimento contínuo dos olhos, como se fosse um pêndulo – ele pode ser uma indicação de alguma questão em desenvolvimento e o procedimento é sempre informar ao pediatra o que está acontecendo. 

“Cada alteração ou doença vai ter o seu tratamento”, continua. “Pode acontecer de ser algo que vamos apenas observar e esperar passar sozinho, como na obstrução do canal lacrimal, ou pode ser necessária uma cirurgia, como na catarata ou no retinoblastoma.”

Da mesma forma, é difícil determinar os efeitos desses problemas e dos seus tratamentos na vida do bebê conforme ele cresce. No caso em que a visão ou a saúde do bebê pode ser prejudicada, a conduta é sempre intervir o mais rápido possível. No entanto, existem alterações mais simples que não vão levar a preocupações futuras. 

“De toda forma, nossos bebês são muito preciosos. Em qualquer caso de dúvida, converse com seu pediatra ou oftalmologista”, aconselha o médico. 

Fonte: Dr. Hallim Féres Neto, oftalmologista membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia

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