Bebê empelicado: fotógrafa registra momento raro em Minas Gerais
Se você tem o costume de acompanhar as redes sociais, provavelmente viu a foto de um bebê numa espécie de “bolsa” enquanto rolava a tela do seu celular. O caso aconteceu nesta segunda-feira (02), durante o parto de Nicolas, em Muriaé, município de Minas Gerais, e vem impressionando diversas pessoas. As imagens mostram o bebê empelicado, fenômeno considerado raro.
Em nove anos de trabalho, a fotógrafa de partos Ludmila Gusman nunca tinha visto algo do tipo: “Foi tudo muito de repente, quando vi que o bebê estava ainda na bolsa, preparei os cliques imediatamente.”
O tema levantou muitas dúvidas, mas é importante ressaltar que o bebê passa bem. Ele nasceu de um parto cesárea com 3.380 kg e 51 cm.
Bebê empelicado: por que isso acontece?
De acordo com a obstetra Flávia do Vale, o bebê nasce empelicado quando vem ao mundo dentro do saco amniótico intacto. Esse tipo de parto acontece, em média, uma vez a cada 80.000 nascimentos.
A especialista explica que o pequeno tem mais chance de nascer empelicado por meio de uma cesárea do que por parto normal, como foi o caso de Nicolas. “Isso porque o saco amniótico tende a romper espontaneamente durante o trabalho de parto, enquanto o bebê está descendo pelo canal vaginal”, esclarece.
Mas durante a cesárea, o médico tende a passar pela estrutura gestacional para retirar o bebê. Assim, ele pode optar por tirar o pequeno ainda dentro do saco amniótico.
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Existem riscos?
A boa notícia é que, até os dias atuais, não há comprovação científica de que o parto empelicado traga riscos para o bebê. O único fator desagradável é que o saco amniótico tende a ser escorregadio e, por isso, pode ser mais difícil fazer a extração fetal com ele ao redor do bebê.
Fontes: Dra. Flávia do Vale, obstetra e coordenadora da maternidade do Hospital Icaraí em parceria com a Perinatal e Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra