Assoalho pélvico: O que é, importância e como fortalecer
Você já deve ter ouvido falar muito sobre o assoalho pélvico por aí. A importância de cuidar dessa região do corpo, a longo prazo, é essencial. Mas também é importante saber o motivo para protegê-lo.
De acordo com o Dr. Fernando Prado, médico ginecologista e obstetra especialista em reprodução humana, o assoalho pélvico é uma estrutura anatômica. Isto é, um conjunto de músculos e ligamentos que fica na região genital, anal e urinária. “Ele serve para sustentar a bexiga, o útero, o reto e a próstata nos homens, dando estabilidade e mantendo a continência urinária, principalmente”, explica.
Nas mulheres, por exemplo, o assoalho pélvico tem uma grande importância. Pois facilita o prazer sexual e o orgasmo, além de ajudar na passagem do bebê para um parto normal. “E, finalmente, quando a mulher já tem mais de 40 ou 50 anos, o assoalho pélvico está implicado na continência urinária, impedindo que a mulher perca urina aos esforços, como quando tosse ou espirra”, ressalta o especialista.
O assoalho pélvico fortalecido ainda impede os chamados “prolapsos genitais”, ou seja, a famosa “bexiga caída”. Também impede o útero e o intestino de saírem pela vagina e ficarem expostos.
Como fortalecer o assoalho pélvico?
Segundo o Dr. Fernando, fortalecer o assoalho pélvico não só é benéfico, a longo prazo, como é fortemente indicado. “Mulheres que tiveram partos normais, que apresentam falta de hormônio (menopausa), possuem intestino preso e fazem pressão na região, tosse crônica ou que apresentam obesidade, são mais propensas a ter problemas com o assoalho pélvico”, diz. “Para esses casos, a condição causadora deve ser tratada antes que torne os músculos e ligamentos da região mais frágeis.”
Via de regra, são indicados exercícios de fisioterapia para o fortalecimento da região. Assim, o fortalecimento pode incluir o uso de alguns instrumentos, como bolinhas especiais (chamadas de “bolinhas de pompoar”). “Também podemos usar neuromodulação e hormônios. Nos casos em que o tratamento clínico não é efetivo, alguns tipos de cirurgia podem resolver o problema, como o colpo-perineoplastia (cirurgia do períneo) e o uso de faixas para levantar a bexiga”, complementa.
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Fortalecer o assoalho pélvico é, principalmente, uma questão de qualidade de vida. “É profundamente desagradável a mulher perder urina aos esforços ou ter seus órgãos expostos para fora da vagina como quando há prolapsos”, diz o médico.
Por isso, contar com a ajuda de um médico ou profissional para entender como é possível fortalecer a região e evitar problemas futuros é essencial – e traz uma série de benefícios. “Desde uma preparação correta para um parto vaginal, com mais segurança para a mãe e o bebê, além da prevenção de futuros prolapsos e incontinências”, diz. “Mas também podemos melhorar a vida sexual das mulheres, com mais prazer durante o ato sexual, partindo da consciência dos seus órgãos genitais e o uso mais ativo deles durante o ato sexual. Já para as mulheres na menopausa, os benefícios visam manter a estabilidade dos órgãos pélvicos, impedindo a incontinência urinária e fecal e os prolapsos”, finaliza.
Fonte: Dr. Fernando Prado, médico ginecologista e obstetra especialista em reprodução humana.