Artroplastia de quadril: o que é, cuidados e dúvidas comuns
A artroplastia de quadril é uma cirurgia ortopédica na qual a articulação do quadril é substituída por uma prótese. A prótese é implantada para melhorar a dor e a mobilidade do quadril que está lesionado por alguma das doenças que acometem essa articulação, como artrose, osteonecrose e fraturas, causando dor e perda de mobilidade da articulação.
Indicações
De acordo com o ortopedista Fernando Corradi, especialista do Hcor, a cirurgia é indicada quando há uma perda de função da articulação que não melhorou com tratamentos não cirúrgicos. “A principal causa de indicação é a dor, que em geral é referida na região da virilha, mas que pode ocorrer também na região lombar e até no joelho. A segunda causa de indicação é a perda de mobilidade da articulação, dificultando atividades cotidianas como amarrar cadarços e vestir calças.”
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Como é feita a artroplastia de quadril
Antes de realizar a cirurgia, solicitamos uma série de exames de sangue, radiografia de tórax e eletrocardiograma. Além disso, são necessários exames de imagem do quadril para planejamento cirúrgico.
Após avaliação médica, em alguns casos se faz necessário suspender medicamentos de uso contínuo dias antes da cirurgia.
“Para chegar até a articulação, são utilizados um dos três acessos cirúrgicos possíveis (anterior, lateral ou posterior do quadril). Após a remoção dos tecidos lesionados, são inseridos os componentes metálicos do fêmur e da bacia, que articulam entre si intermediados por uma superfície de metal, polietileno ou cerâmica. Em todas as etapas da cirurgia são realizados testes, com o intuito de checar a mobilidade articular e a estabilidade da prótese”, explica o ortopedista.
Assim, as principais complicações da artroplastia de quadril são:
- Trombose (obstrução de veias dos membros inferiores por um coágulo);
- Infecção e luxação da prótese (quando os componentes não estão acoplados da forma correta).
Recuperação e cuidados pós-cirúrgico
Normalmente, no dia seguinte, o paciente é liberado para andar com o apoio de um andador. Dessa forma, ainda internado, começa a realizar sessões de fisioterapia e recebe alta para casa dentro de 3 a 5 dias.
Assim, o ortopedista Corradi esclarece que algumas posições devem ser evitadas no período pós-cirúrgico e o paciente deve utilizar o andador por um mês, para proteger a prótese e permitir a cicatrização adequada de todos os tecidos. “Neste período, é importante a realização de sessões de fisioterapia para ganho de força, autonomia e desenvoltura com andador, além de um treinamento para que o paciente aprenda como aproveitar o ganho de mobilidade sem colocar sua prótese em risco.”
Fonte: Dr. Fernando Corradi, ortopedista do Hcor.