Antidepressivos nunca devem ser interrompidos abruptamente
Recentemente, o Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados do Reino Unido (NICE) publicou uma nova diretriz alertando sobre o uso de antidepressivos. De acordo com o comitê, a interrupção desse tipo de medicamento deve ser feita progressivamente, e nunca de um dia para o outro. A recomendação tem como objetivo reduzir os sintomas – nada agradáveis – de abstinência.
O consumo de medicamentos para a saúde mental está aumentando cada vez mais. Dados do Sistema Nacional de Saúde (NHS) mostraram que em 2022 foram cerca de 21,4 milhões de medicamentos antidepressivos prescritos. Dessa maneira, houve um aumento de 5,1%, considerando anos anteriores.
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Interrupção de antidepressivos deve ser feita gradualmente
Segundo uma pesquisa feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 11 milhões de brasileiros têm depressão, e outros 18 milhões sofrem com ansiedade. E não para por aí: as pessoas podem ter os dois distúrbios ao mesmo tempo.
Os medicamentos mais utilizados para tratar a depressão são os antidepressivos, também conhecidos como inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs). Assim, eles são responsáveis por aumentar os níveis de serotonina, hormônio da felicidade e bem-estar.
No entanto, apesar de muitas pessoas utilizarem antidepressivos, poucas sabem que parar de tomá-los por conta própria pode causar abstinência. Por isso, a autoridade de saúde do Reino Unido ressalta a importância de ter o acompanhamento de um médico especialista, como o psiquiatra.
“Em muitos casos, as pessoas experimentam sintomas de abstinência, e o tempo que leva para abandonar essas drogas com segurança pode variar, e é por isso que a declaração útil e utilizável de nosso comitê para uma abstinência gradual ao longo do tempo dessas drogas é bem-vinda”, disse o Dr. Paul Chrisp, diretor do Centro de Diretrizes do NICE.
Referência: Nice – National Institute For Health and Care Excellence