Alergia à poeira: Sintomas, causas e o que fazer
Alergia à poeira é uma doença que pode atrapalhar a qualidade de vida, pois apresenta sintomas bastante incômodos. De acordo com o otorrinolaringologista, Alexandre Colombini, esse tipo de alergia pode apresentar vários sintomas respiratórios, como nariz escorrendo e coçando, espirros, além de crises de asma e bronquite que evoluem com a falta de ar.
No entanto, ao contrário do que muita gente imagina, é possível lidar com esse problema da melhor forma. A partir de agora, com o apoio de um otorrinolaringologista, explicaremos como é feito o diagnóstico da alergia, a duração da crise e como melhorá-la, bem comoo que fazer quando a alergia está atacada. Acompanhe a seguir e tire suas dúvidas.
Leia também: A diferença entre intolerância e alergia alimentar
Diagnóstico da alergia
O diagnóstico da alergia à poeira é essencialmente clínico, ou seja, é identificado por meio dos sinais e sintomas que o paciente apresenta, podendo ser complementado com exames laboratoriais para identificar o problema. Dessa forma, no exame, é possível descobrir não só a alergia, mas também a intensidade dela no corpo.
Qual é o período da crise de alergia à poeira?
É fundamental deixar claro que o período vai depender do tempo de exposição, da intensidade e da sensibilidade do paciente em relação à substância, podendo durar de um a dois dias ou, em média, ou até no máximo sete dias, segundo Colombini.
Leia também: Alergia ao açúcar
Como melhorar a crise respiratória?
Para melhorar a crise respiratória, o otorrinolaringologista destaca que não há segredo. “O paciente deve evitar o contato com as substâncias que devem ser o gatilho desencadeantes da crise respiratória”, explica.
Além disso, é indicada a realização de uma limpeza adequada no local onde vive, evitando contatos com ácaros, fungos, mofo e dolor. Os medicamentos indicados pelo médico também são essenciais para tratar a crise. A lavagem nasal com soro fisiológico também é indicada para melhorar os os quadros alérgicos respiratórios.
Leia também: Ganho de peso excessivo na gravidez pode aumentar o risco de alergia em bebês
O que fazer quando a alergia está atacada?
Nunca é demais lembrar que, quando a alergia estiver atacada, é fundamental procurar ajuda com o otorrinolaringologista para que o especialista determine o tratamento mais indicado, seja com uso de antialérgico, corticóides ou lavagem nasal com soro fisiológico.
O tratamento é individualizado, por isso, é muito importante procurar um profissional da saúde para que ele possa orientá-lo da melhor forma possível. Segundo informações divulgadas pela Coordenação de Epidemiologia e Informação de São Paulo, o número de consultas médicas feitas por alergistas caiu nos últimos anos.
Para se ter uma ideia, em 2019, foram registradas 42.979 consultas nos quatro primeiros meses. Já em 2020, houve uma baixa para 21.793. Em 2021, a queda foi pior, chegando a 7.214 atendimentos. Também foi possível perceber uma baixa nas internações hospitalares. Em 2019, 236 pacientes foram internados com asma alérgica. Em 2020, foram 116 internações, enquanto em 2021, o número caiu para 38 internações.
Como orientou o otorrinolaringologista, Alexandre Colombini, o tratamento não exige muito esforço por parte do paciente. Além disso, é fundamental para tratar o problema, pois evita que ocorram casos mais graves no futuro.
Alergia à poeira tem cura?
O especialista destaca que, assim como as demais alergias respiratórias, a alergia à poeira não tem cura. O que ocorre, de fato, é um tratamento e um controle. O objetivo é fazer com que o paciente fique a maior parte do tempo assintomático, sem que esse problema impacte na qualidade de vida dele.
Como evitar?
De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, existem algumas estratégias que ajudam a evitar a alergia à poeira.
- Não utilizar travesseiro e colchão de pena;
- Usar capas impermeáveis aos ácaros ou material plástico, uma vez que eles garantem proteção ao travesseiro e o colchão;
- Evitar contato com bichos de pelúcia;
- Não ter estante de livros e revistas em casa;
- Evitar o acúmulo de caixas de papelão;
A poluição do ar doméstica é um problema que impacta quase 2,5 bilhões de pessoas em países em desenvolvimento, sendo responsável por comorbidades e mortes, segunda uma pesquisa que contou com o auxílio de membros da ASBAI. Do mesmo modo, informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a poluição do ar impacta negativamente na sobrevivência das crianças.
O estudo identificou que uma em cada quatro mortes de crianças menores de cinco anos ocorre em virtude de problemas relacionados direto ou indiretamente com questões ambientais. Dessa forma, se não podemos mudar o mundo, pelo menos conseguimos deixar o local de trabalho, a nossa residência e outros espaços limpos. Assim, conseguimos manter a qualidade do ar, evitando a proliferação de doenças respiratórias, que são causadas pela alergia à poeira.
Fonte: Dr. Alexandre Colombini é Otorrinolaringologista, formado pelo Instituto Felippu e Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial – ABORL-CCF. Suas áreas de atuação: Otorrinolaringologia clínica e cirúrgica com enfoque nas patologias nasais, cirurgia endoscópica, ronco e apneia. CRM/SP 134348 – RQE 44281