Alergia à penicilina: veja como identificar os sinais
Cerca de 10% da população mundial possui alergia à penicilina. Embora seja rara, a condição pode ser fatal, pois algumas pessoas desenvolvem sintomas graves que podem levar à morte se não houver atendimento médico. A seguir, veja como identificar a alergia e os documentos úteis para emergências.
Leia mais: Conheça os riscos da automedicação para a saúde
O que é penicilina?
Antes de mais nada, vale saber o que é o medicamento. Descoberta na década de 1928, a penicilina é um dos antibióticos mais antigos e serve para tratar diversas infecções bacterianas. Desde sua criação, o medicamento obteve melhorias para ser produzida em escala maior, já que a penicilina “original” deriva de fungos da família Penicilium. Assim, a ciência desenvolveu versões sintéticas e semissintéticas com a mesma eficácia para facilitar a produção.
Quais são os sintomas da alergia à penicilina?
Embora a penicilina seja um medicamento seguro, algumas pessoas podem desenvolver reações à substância e ter alergias. Como resultado, a ingestão é capaz de causar urticárias na pele, inchaço no rosto (boca, pálpebras, língua e bochechas, por exemplo) e garganta, dificuldade para engolir e, em casos mais graves, bloqueio da respiração e choque anafilático. Por isso, é essencial buscar ajuda médica imediata para evitar complicações.
Como descobrir a alergia à penicilina?
Os testes de Provocação Oral ou cutâneo ajudam a identificar a sensibilidade à penicilina. No entanto, boa parte das pessoas descobrem a condição após utilizar o medicamento e sentir os sintomas típicos de uma reação alérgica. Contudo, mesmo com a experiência, é importante procurar um médico alergista para fazer os devidos testes. Afinal, mesmo um episódio supostamente alérgico pode ser resultado da combinação de um ou mais medicamentos.
Cuidados para quem tem alergia
Se você recebeu o diagnóstico de alergia à penicilina, sempre comunique o fato em um atendimento médico. Para ajudar nesse sentido, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) recomenda portar um documento que sinalize a alergia ao antibiótico. É possível baixar o comprovante neste link e preenchê-lo com as informações necessárias. Imprima-o e guarde-o em sua carteira com os documentos de identificação para utilizá-lo em situações de emergência.
Por fim, mesmo que você não saiba ou não tenha alergia, evite a automedicação. Afinal, a prática pode causar efeitos colaterais, resistência a tratamentos futuros e outros problemas de saúde.
Referências: Mayo Clinic; ASBAI; CDC; e American Academy of Allergy Asthma and Immunology (AAAI).