As pessoas costumam esperar pelas férias o ano todo, é um momento para descansar, viajar e desligar a mente dos problemas. Quando ganhamos horas a mais de descanso é muito fácil sair da rotina. Mas o fim das férias pode ser um grande desafio, afinal, precisamos readaptar o relógio biológico e o nosso cérebro para voltar à rotina.
“Se você ainda não entrou no ritmo, pode ficar tranquilo: isso é natural. Demora cerca de uma semana, mas aos poucos o cérebro entende que ele precisa voltar a trabalhar”, afirma Dr. Fernando Gomes, médico neurocirurgião e neurocientista do Hospital das Clínicas de SP.
De acordo com o Dr. Fernando, no hipotálamo – região do cérebro que controla os vários relógios biológicos do organismo – um conjunto de células nervosas com cerca de 10 mil neurônios formam um centro de comando chamado núcleo supra-quiasmático. “É nele que estão todas informações de qual ritmo o corpo deve seguir, desde quanta fome vamos sentir, passando pela regulação do sono, a temperatura, pressão arterial, funcionamento do intestino até outras funções vitais como o apetite sexual”, fala.
Por isso, é normal acordar e dormir mais tarde durante as férias. Os milhares de neurônios recebem informações diferentes acerca das rotinas do corpo: horários diferentes, padrões alimentares relaxados e até a presença de luz no ambiente. Assim, na hora de voltar à rotina normal, o corpo reage negativamente e não volta tão rápido ao estado que deveria estar, deixando a sensação de estarmos mais preguiçosos.
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Para driblar as angústias de voltar à rotina, o médico fala que é importante entender que as férias não devem ser vistas como um remédio. Elas são importantes, mas os dias de folga não irão recuperar de um problema sério, como um transtorno depressivo, por exemplo. “As férias não substituem terapias e remédios”, deixa claro o especialista.
Sendo assim, confira algumas dicas para adaptar o cérebro ao fim das férias:
Fonte: Dr. Fernando Gomes, médico neurocirurgião e neurocientista do Hospital das Clínicas de SP.