Actinomicose: a doença gerada pelas bactérias da boca

Saúde
11 de Agosto, 2022
Actinomicose: a doença gerada pelas bactérias da boca

Com a pandemia de COVID-19, muita gente passou a se interessar pelo funcionamento das infecções, ciclos de vírus e até de bactérias. Mas o mundo atual é repleto de doenças infecciosas, algumas mais comuns, outras mais raras. Como por exemplo, a actinomicose. 

O que é actinomicose?  

“A actinomicose é uma infecção bacteriana rara, causada pelo microorganismo do gênero Actinomyces”, explica a Dra. Giovanna Sapienza, médica infectologista do Centro de Prevenção Meniá. “Essas bactérias são componentes da microbiota bucal humana normal, mas, sob certas circunstâncias, podem causar doenças.”

Sendo assim, as infecções pela Actinomyces spp. podem ser agudas ou crônicas, e acometer algumas regiões diferentes do corpo: pescoço e face (especialmente a boca), abdômen, pelve ou na região pulmonar. 

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Sintomas

De acordo com a médica entrevistada, a actinomicose pode se apresentar clinicamente como uma infecção aguda, de rápida progressão, ou como uma lesão crônica que se dissemina lentamente, com formação de fibrose.

Normalmente, a lesão de actinomicose é caracterizada por uma massa endurecida, cercada por uma parede fibrosa. Além disso, pode apresentar também uma secreção purulenta que, por sua vez, pode ou não ter grânulos: pequenas partículas amareladas que representam colônias de bactérias. 

Outros sintomas incluem: 

  • Febre
  • Perda de peso
  • Coriza
  • Dor no peito
  • Tosse

Transmissão e tratamento da actinomicose

De acordo com a médica, a actinomicose não é transmitida de pessoa a pessoa, nem pelo ambiente. Assim, são as próprias bactérias da flora comum que podem causar a doença. 

“As doenças orais e cervicofaciais são comumente associadas com cáries e extrações dentárias, gengivite e trauma gengival, infecção em erupção de dentes secundários, tonsilite crônica, otite ou mastoidite, diabetes mellitus, imunossupressão, imunodeficiência, desnutrição e neoplasias”, explica. 

O diagnóstico é feito por meio de uma biópsia da lesão, além de cultura e análise no microscópio do tecido biopsiado. O tratamento, por fim, consiste em retirada cirúrgica da lesão e terapia antibiótica por tempo prolongado. 

Fonte: Dra. Giovanna Sapienza, médica infectologista do Centro de Prevenção Meniá.

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