10 fatos sobre a mamografia que toda mulher precisa saber
Com o objetivo de alertar sobre um exame indispensável, como a mamografia, a campanha Outubro Rosa traz uma reflexão importante sobre a necessidade de se cuidar e olhar com carinho para a saúde. Projeções do Instituto Nacional do Câncer (INCA), indicam que em 2023 devem surgir 73.610 novos casos de câncer de mama, número que representa 10,5% de todos os diagnósticos da doença no Brasil – ficando atrás somente do câncer de pele não melanoma, que compreende 31,3% do total de casos de forma geral. Por isso, veja agora agora 10 fatos sobre a mamografia, principal exame para detectar a doença, que toda mulher deve saber.
Leia mais: Mamografia: quem deve fazer e detalhes sobre o exame?
A importância da mamografia
Os tumores de mama são mais incidentes entre mulheres, liderando o ranking dos que mais matam a população feminina. Estima-se 11,84 óbitos pela doença a cada 100 mil mulheres, ainda conforme o INCA. Porém, a partir do diagnóstico precoce, é possível encontrar lesões em estágios iniciais e barrar que o câncer de mama avance.
A partir do rastreamento mamográfico – desde que realizado periodicamente – diversos estudos mostram que a redução da mortalidade por câncer de mama pode ter um impacto de 25% a 40%. “Quando descobre-se a doença cedo, os tratamentos podem ser menos agressivos, além de terem uma maior chance de sucesso. A boa notícia é que 95% dos diagnósticos precoces têm chances de cura”, comenta Daniel Gimenes, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo.
10 fatos sobre a mamografia
1. Mas, afinal, como o exame é feito?
Em um mamógrafo, a mulher fica de pé em frente ao aparelho e duas placas pressionam as mamas tanto na vertical, como na horizontal. Para ter uma melhor imagem, o técnico pedirá para a paciente prender a respiração por alguns segundos. “Em média, o exame pode durar cerca de 20 minutos no máximo”, explica o oncologista.
2. Quem deve fazer a mamografia
Acima dos 40 anos, a ocorrência do exame pode ser anual, isto é, apenas para a detecção precoce do câncer de mama, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Já entre os 50 e 69 anos, de acordo com o Ministério da Saúde, a mamografia de rotina pode ser realizada a cada dois anos, desde que a mulher não tenha sinais ou sintomas da doença.
Procedimentos fora dessa faixa etária, ou seja, em mulheres com menos de 40 anos, podem complementar o diagnóstico de nódulos na região. Porém, vale lembrar que apenas o médico poderá recomendar a necessidade ou não da mamografia em situações como essa.
3. Por que a mamografia não é recomendada antes dos 40 anos?
Segundo Daniel Gimenes, o exame pode trazer alguns riscos quando feito antes dos 40 anos. Além disso, o diagnóstico de câncer de mama em mulheres abaixo da faixa etária é raro – representando apenas cerca de 10% dos casos.
“Por causa de uma maior densidade da mama, o exame pode trazer falsos negativos. Além disso, realizar a mamografia antes dos 40 anos expõe a mulher a uma radiação que não é necessária naquele momento”, comenta.
4. É fato que dói fazer mamografia?
O exame pode causar desconforto, mas a compressão no aparelho é rápida, fazendo com que a dor seja passageira. “Uma dica para evitar que o incômodo seja maior é realizar a mamografia fora do período menstrual, pois a mama está mais sensível neste momento”, recomenda o especialista da Oncoclínicas São Paulo.
5. Quem tem silicone pode fazer mamografia?
Sim, pode. A prótese não irá atrapalhar o exame, mas é necessário que a paciente avise sobre o silicone. “O mamógrafo não irá furar a prótese. A diferença é que podem ser necessárias mais imagens durante o exame, assim como a manobra de Eklund – que consiste em afastar o silicone para que não haja distorção dos resultados”, comenta Daniel.
6. A radiação da mamografia pode fazer mal?
O exame é contraindicado na gravidez, mas pode ser realizado normalmente em outras situações. A radiação emitida no procedimento é baixa e não causa complicações.
7. É fato que existe preparo para fazer a mamografia?
O exame em si não necessita de muitos preparos, mas a recomendação é que a mulher faça o agendamento da mamografia alguns dias após a menstruação. “Isso ajuda a evitar o desconforto e oferece mais tranquilidade para a paciente durante o exame”, explica Daniel.
Além disso, é necessário evitar o uso de hidratantes, desodorantes e outras substâncias nas mamas e axilas, pois podem interferir no resultado do exame.
8. A vacina contra a covid-19 pode causar erros de interpretação na mamografia?
Sim, pode. Por causa do aumento de linfonodos no braço em que a paciente recebeu a vacina, a situação pode indicar, erroneamente, como um sinal de câncer de mama – uma vez que a doença também apresenta esse desdobramento. O INCA recomenda que a mamografia de rastreamento seja feita entre quatro a seis semanas após a vacinação contra a covid-19.
9. Mulheres que estão amamentando podem fazer mamografia?
Não, o exame não é recomendado caso a mulher esteja amamentando ou grávida. Em situações como essa, o médico poderá solicitar outros exames de rastreamento que não sejam prejudiciais para a mãe e para o bebê, como o ultrassom.
10. É fato que o autoexame substitui a mamografia?
Não! No caso do autoexame, ele auxilia na detecção de nódulos palpáveis, mas não substitui a realização da mamografia. “Por isso, caso note sintomas como: alterações de formato, da pele ou tamanho das mamas, procure um médico o quanto antes para avaliação e diagnóstico correto”, finaliza Daniel Gimenes.
Fonte: Dr. Daniel Gimenes, oncologista da Oncoclínicas.