Tudo o que pais precisam saber sobre varíola dos macacos em crianças

Após três casos confirmados da varíola dos macacos em crianças, em São Paulo, não é incomum  pais estarem se questionando sobre a segurança dos próprios filhos diante da doença. No entanto, o que explica Melissa Palmieri, infectologista pediátrica, é que os responsáveis devem estar atentos a enfermidade, mas não há motivos para pânico.

Fatores de risco para  o público infantil

Ainda que seja uma doença recente em relação aos menores, Melissa explica que existem descrições de crianças que possuem maior risco de evoluir para as formas mais graves da enfermidade. São elas: - Crianças abaixo de oito anos; - Aquelas que têm algum problema no sistema de defesa; -  Aquelas que têm quadros dermatológicos, como as que sofrem da doença chamada eczema.

Sintomas da Varíola dos Macacos em crianças

A contaminação pelo monkeypox ocasiona sintomas em crianças e adolescentes semelhantes aos vistos em adultos. Os principais são: lesões na pele, associada a febre, aumento dos linfonodos, dor no corpo, de cabeça, nas costas e cansaço. Nos casos raros, há também a possibilidade das lesões acontecerem nos olhos.

Como a varíola dos macacos é transmitida?

O vírus monkeypox pode ser transmitido do animal para o indivíduo e de uma pessoa infectada para outra por meio do contato com as lesões de pele infectadas, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados.

Existe tratamento para a varíola dos macacos em crianças?

Até o momento, não existe nenhum tratamento direto para a varíola dos macacos. “Embora existam alguns antivirais descritos com resultados positivos, para reduzir a gravidade da doença, eles ainda não foram aprovados pela Anvisa e não estão disponíveis no Brasil”, esclarece a especialista.

Assim, pacientes adultos  e infantis recebem intervenções diante dos sintomas que apresentam. Só é preciso cuidado redobrado com as lesões para evitar uma infecção bacteriana secundária, caso contrário, será necessário fazer uso de antibióticos. Para que não chegue a esse nível, recomenda-se que as regiões machucadas sejam higienizadas com água e sabão e cobertas com camisetas e  calças longas.

Como proteger os pequenos da doença?

De acordo com o infectologista pediátrico Eitan, a única forma de proteger os pequenos do possível contato com a varíola dos macacos é fazendo com que eles fiquem longe de doentes  ou casos suspeitos. Isso também vale para pessoas que convivem diretamente com essas crianças, ou seja, precisam manter-se afastados de possíveis infectados para  protegê-las.

Quando a criança infectada para de transmitir a doença?

Dra. Melissa esclarece que a pessoa infectada só para de transmitir o vírus quando todas as lesões, em forma de casca, caem. “Em outras palavras, quando ocorre a reepitelização da pele”, explica a especialista. Logo, com a superfície cutânea cicatrizada por completo, os riscos de transmissão da doença cessam.