Ozempic e Mounjaro causaram “paralisia estomacal” em mulher

As farmacêuticas Novo Nordisk e Eli Lilly estão sendo alvos de possíveis ações judiciais por danos pessoais. De acordo com as denúncias, as fabricantes não alertaram os pacientes sobre um efeito colateral comum aos medicamentos Ozempic e Mounjaro: a gastroparesia.

O escritório de advocacia Morgan & Morgan, dos Estados Unidos, afirmou na última quarta-feira (02/08) que abriu um processo em nome de uma mulher de 44 anos que mora em Louisiana. Isso porque após tomar os medicamentos em questão, ela teria sofrido vômitos tão intensos que perdeu dentes e precisou ser hospitalizada. A empresa disse ainda que registrou os relatos de outros 400 clientes. Saiba mais sobre a condição:

Afinal, o que é a gastroparesia?

A gastroparesia, também chamada de retardo do esvaziamento gástrico, é uma condição na qual o estômago não consegue se movimentar da forma correta, fazendo com que os alimentos passem tempo demais no órgão – muitas vezes, eles nem chegam ao intestino.

Assim, a pessoa tem a sensação de estar sempre com a barriga cheia, além de sentir fortes dores abdominais, náuseas e vômitos intensos.

As causas do problema ainda não foram completamente esclarecidas pela ciência. Mas sabe-se que ele costuma ser mais comum em indivíduos com diabetes (tanto o tipo 1, quanto o tipo 2).

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Ozempic e Mounjaro

O Ozempic, da Novo Nordisk, e o Mounjaro, da Eli Lilly, são dois medicamentos voltados para o tratamento do diabetes. Eles fazem parte de uma classe de medicamentos que atuam de forma antagonista ao peptídeo 1, semelhante ao glucagon (GLP-1), e também são usados para o manejo do sobrepeso e da obesidade.

Em resposta ao site Financial Times, a Novo Nordisk afirmou que que as drogas GLP-1 são comercializadas há anos para tratar diabetes. Além disso, a empresa disse que condições como esvaziamento gástrico retardado, náuseas e vômitos estão sim listadas como possíveis efeito colaterais.

“A segurança do paciente é de extrema importância para a Novo Nordisk. Recomendamos que os pacientes tomem esses medicamentos para suas indicações aprovadas e sob a supervisão de um profissional de saúde”, disse a Novo Nordisk.

“A segurança do paciente é a principal prioridade da Lilly, e nos envolvemos ativamente no monitoramento e na comunicação de informações de segurança para todos os nossos medicamentos”, afirmou a Eli Lilly.

Referência: Gastroparesia, BMJ Best Practice.