Como deixar a casa mais acessível? Conheça a arquitetura inclusiva

Bem-estar Casa
13 de Maio, 2022
Como deixar a casa mais acessível? Conheça a arquitetura inclusiva

Em muitos prédios e casas antigas, o projeto feito para aquele ambiente é pouco confortável para pessoas com deficiência. Com o passar dos anos, a implementação de meios para promover a autonomia dessas pessoas se tornou primordial. Assim, nasce a arquitetura inclusiva, que hoje se faz presente em diversos projetos modernos. 

De acordo com o arquiteto Gerson Dutra de Sá, a arquitetura inclusiva busca, acima de tudo, incluir diversas necessidades no seu planejamento. “O profissional arquiteto deve pensar no ser humano e não só no espaço. Para isso, precisa ter um olhar além do padrão, respeitando todas as diferenças. Desse modo, ele torna os locais acessíveis para todas as particularidades”, afirma.

Ele explica que é importante ter uma arquitetura inclusiva em casa, pois nem todas as pessoas têm as mesmas condições e necessidades de uso de um determinado espaço. Dessa forma, é preciso pensar no morador como indivíduo único. Aqui, não só o estilo de vida deve ser priorizado no projeto, mas também a qualidade de vida.

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Adaptações em casa 

Como já explicado, as adaptações vão depender bastante de cada caso. Contudo, investir em um espaço com boa circulação é essencial, mesmo para quem não possui qualquer deficiência. “Se a pessoa, no futuro, tiver alguma necessidade especial, terá espaço para fazer adaptações no lar em seu favor”, explica Sá.

Além disso, a iluminação é importante. O arquiteto conta que é preciso garantir uma boa entrada de luz natural e incluir bons focos de iluminação em locais estratégicos, por exemplo, os corredores. Para quem convive com idosos e crianças, tapetes antiderrapantes também devem ser considerados.

Se a casa precisar de reforma, instalar barras de apoio nos corredores, banheiros e quartos pode ser uma opção. Reformar as cozinhas e as pias, deixando-as mais baixas ou na altura ideal para as pessoas com deficiência, contribui ainda mais para a independência. 

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Arquitetura inclusiva: decoração também importa

A arquitetura inclusiva não é apenas rampas e barras de apoio, como ressalta Sá. O uso de janelas com peitoril a 70 cm do chão facilita a visão de quem usa cadeira de rodas. Revestimentos com mix de cores ou contrastes nas paredes e no piso auxiliam pessoas com baixa visão. “Há muitos elementos da decoração que podem ser usados como recursos para facilitar a vida”, diz.

Por fim, sobre os valores, o arquiteto conta que depende das adaptações necessárias. “Assim como quem tem criança e animais de estimação precisa de telas de proteção, na terceira idade é comum precisarmos de rampas para acessar alguns lugares da casa ou até mesmo suportes para ajudar a se deslocar com mais segurança e menos risco de queda. O preço varia conforme a necessidade, mas é o melhor investimento a fazer já que proporciona mais segurança e qualidade de vida. Não tem preço!”

Fonte: Gerson Dutra de Sá, arquiteto.

Sobre o autor

Gabriela Ferreira
Jornalista e Repórter da Vitat.

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